quinta-feira, 24 de junho de 2010

Abertura da Feira de S. Pedro

Tem hoje lugar a abertura da tradicional e centenária Feira de S. Pedro.
Podem consultar AQUI o espaço que lhe dedicámos neste mesmo blogue por ocasião da sua abertura do ano passado.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Guta Moura Guedes - Uma torriense a recordar Saramago.

Belo o texto de  Guta Moura Guedes sobre Saramago.
Está na sua página do facebook, e nós transcrevemo-lo em baixo.


(clicar sobre a imagem, para ler o texto)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Recordar José Saramago em Torres Vedras

Faleceu hoje José Saramago, um dos maiores escritores portugueses de sempre e o único consagrado com o Prémio Nobel, em 8 de Outubro de 1998.

Foram várias as ocasiões em que José Saramago visitou Torres Vedras, mas talvez poucos conheçam o que ele escreveu sobre este concelho na sua obra “Viagem a Portugal”.

Como homenagem e recordação desse grande vulto da cultura portuguesa, transcrevemos aqui alguns excertos dessa visita, nomeadamente na parte relativa ao Chafariz dos Canos, ao Castelo de Torres Vedras e ao Turcifal:

Saramago no Chafariz dos Canos:



“Em Torres Vedras, o viajante começou por ver a Fonte dos Canos.Estava mesmo no caminho, mal parecia desprezá-la. Muito estimavam a água os construtores do século XIV para desta maneira a preitearem, arcos ogivais de bom desenho e talhe, capitéis que não são mera fórmula estrutural, gárgulas imaginosas. Não corria hoje a água, esgotou-se talvez o caudal, ou, tendo sido integrado no abastecimento público, não cuidaram de o reencaminhar para a secular saída. Lastima o viajante : fonte que não corre, é mais triste que ruína.”
( José Saramago, Viagem a Portugal, ed. Caminho, 10ª edição, 1995, p.256)

Saramago no Castelo e na Igreja de Stª Maria do Castelo



“Como a tarde vai chegando ao fim, o viajante quer dar uma última vista de olhos à paisagem donde veio. Sobe ao castelo, admira até onde os olhos alcançam, e, estando ali a Igreja de Santa Maria do Castelo, erro seria não aproveitar (...). No alto da vila, e metida entre as muralhas, a igreja está silenciosa, não zumbe mosca, nem os pássaros se ouvem lá fora. O viajante repara numa porta que ali há, empurra-a e encontra-se numa pequena divisão nua de móveis ou outra decoração. Dá três passos e quando, movendo ao mesmo tempo o corpo, passa os olhos em redor, tem um violento sobressalto : julgou ter visto uma enorme cara a espreitá-lo pela frincha doutra porta. Confessa antes que lhe perguntem: teve medo. Mas enfim, um viajante é um homem: se não há ali ninguém que lhe admire a coragem, prove-a a si próprio.
“Aproximou-se da porta misteriosa e abriu-a de repelão. Ajoelhado no pavimento de tijoleira, estava um enorme S.José de pasta, já esfarrapadas as vestimentas, todo ele papelão moldado, velhinho mais que o natural na brancura de cabelo, barba, bigode e sobrancelhas, mas muito jovem de pele. Era uma figura de presépio, claro está”.
(In José Saramago, Viagem a Portugal,ed. Caminho, 10º edição, 1995,p.257).

Saramago no Turcifal



Por último, da mesma edição, a visita ao Turcifal
“Foi o caso de no Turcifal ter visto o viajante uma altíssima igreja erguida sobre um terreiro a que por tesos lances de escadaria se chegaria, havendo boa perna. Buliu o avantajado edifício com a curiosidade do viajante, que se lançou ao habitual jogo da chave. (...) O viajante bateu uma vez, bateu duas vezes, e depois de bater três vezes entreabriu-se uma frincha zelosa, e uma cara de mulher velha apareceu, severa: “Que deseja?” Dá o viajante o seu habitual recado, veio de longe, anda a visitar, seria um grande favor, etc. Responde a frincha da porta: “Não estou autorizada. Não dou a chave. Vá pedir ao padre.” (...) Já pensa que no limiar da povoação fará o teatral gesto de sacudir a poeira das botas, mas então lembra-se do bom modo da primeira mulher, e vai ao padre. Pasmemos todos. A velha já lá está, em grandes demonstrações explicativas, de palavra e gesto, com a ama do padre, ou talvez parente. (...) E tudo vem a explicar-se. Esta pobre mulher, mostrando a igreja a visitantes, foi por duas vezes vítima de ataques. Uma das vezes até lhe deitaram as mãos ao pescoço, um horror. O viajante fora confundido.”

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O "Sr. Vinho" já está, finalmente, em Torres Vedras


Depois de tanta polémica, o “sr. Vinho” de Joana Vasconcelos já está em Torres Vedras.

Julgo que muita gente vai mudar de opinião quando o vir no local.

Colocado na madrugada de ontem, contou com a presença de Joana Vasconcelos logo pela manhã.

O enquadramento é bastante bonito e o “garrafão”, como já foi popularmente baptizado, fica muito melhor naquele local do que no local onde estava no Centro Cultural de Belém, ganhando outra dimensão.

Agora é aguardar pela abertura da nova Praça Municipal para que os torrienses possam usufruir dessa interessante peça artística.

As fotografias aqui incluídas foram-me gentilmente cedidas pela minha colega e amiga Ana Isabel Miguel.