sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma achega para um debate - a propósito do Património Torriense

Hoje , pelas 21.30, no Auditório Municipal da AV. 5 de Outubro, vai realizar-se um debate, organizado pela Associação de Defesa do Património, intitulado “MO(NU)MENTOS DA MEMÓRIA – VER E LER O NOSSO PATRIMÓNIO”.

A propósito da iniciativa da Associação de Defesa do património, recuperamos aqui um texto anteriormente publicado, AQUI, no nosso blogue Pedras Rolantes:

Existem neste concelho 9 monumentos classificados como Monumentos Nacionai.

São eles:

O Aqueduto de Torres Vedras;

O Castro do Zambujal;

O Chafariz dos Canos;

O Convento do Varatojo;

A Ermida de Nª Snª do Amial;

A Gruta Artificial da Ermigeira (Maxial);

A Igreja de S. Pedro;

Os “trechos românicos” do pórtico da Igreja de Stº Maria do Castelo;

O Tholos do Barro.

Contudo, nem todos se encontram em perfeito estado de conservação, e muitos não são muito conhecidos dos torrienses, devido à falta de divulgação.

Existem ainda muitos outros monumentos neste concelho que mereceriam essa designação, como, por exemplo:

O Edifício do CAS de Runa;

A Capela de Nossa Senhora da Purificação, no Sirol (Dois Portos);

A Capela de Nossa Senhora dos Milagres, Folgarosa (Dois Portos);

As Ruínas do Convento Velho de Penafirme;

O Castelo de Torres Vedras;

O Forte de S. Vicente;

A Igreja e Convento da Graça;

A Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras;

A Igreja de Santa Maria Madalena do Turcifal;

A Igreja de S. Pedro de Dois Portos;

A Quinta das Lapas em Monte Redondo;

A Quinta do Juncal em Matacães;

O Edifício e toda a área envolvente das Termas dos Cucos.

Se a maior parte destes monumentos está classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP), talvez merecessem uma outra classificação que lhes conferisse maior dignidade.

Convém também referir que, naquele grupo, a Quinta do Juncal está apenas classificado como Imóvel de Interesse Municipal, o Forte de S. Vicente está ainda a aguardar classificação, embora a capela aí existente, e que dá nome ao forte, esteja classificada como IIP e, tanto a capela de Nª Snrª dos Milagres, como a Igreja da Misericórdia e as Termas dos Cucos não têm qualquer classificação que as proteja.

A falta de conhecimento e de divulgação generalizado sobre o valor do nosso património construído foi evidenciado na eleição das 7 Maravilhas do Concelho de Torres Vedras, que envolveu todas as escola do concelho com 2º, 3º ciclo e ensino secundário durante o ano lectivo de 2007/2008, onde a maior parte daqueles monumentos, ou não foi escolhido para os 21 finalistas ou foi “batido” pela escolha de sítios ou situações ligados ao património “imaterial”, natural, do lazer, etnográfico ou cultural, que faziam parte de uma lista inicial de cerca de 160 possibilidades.

Assim, 2090 eleitores, com direito a 7 votos cada, escolheram para as “7 Maravilhas” do Património (cultural, construído, imaterial, histórico, cultural e etnográfico) de Torres Vedras:

1- Carnaval de Torres;

2- Parque Verde da Várzea;

3- Castelo de Torres Vedras;

4- Termas dos Cucos;

5- Feira de S. Pedro;

6- Arribas de Stª Cruz;

7- Pastel de Feijão.

Como se vê, apenas foram escolhidos dois monumentos, o Castelo e os Cucos, nenhum deles Monumento Nacional, sendo o castelo o único calassificado. Houve uma nítida opção pela escolha do património ligado ao lazer e á natureza.

Pegando agora nos resultados daquela votação, e contando apenas com o património construído, podíamos obter uma outra Lista, a das “7 Maravilhas do Património Construído de Torres Vedras” (entre parêntesis, a sua classificação geral naquela iniciativa e o número de votos recebidos):

1 – Castelo de Torres Vedras (3º - 1368 votos);

2 – Termas dos Cucos (4º - 968 votos);

3- Aqueduto de Torres Vedras (8º - 654 votos);

4 – Forte de S. Vicente (9º - 652 votos);

5 – Chafariz dos Canos (10º - 625 votos);

6 – Convento do Varatojo (11º - 527 votos);

7 – Igreja e Convento da Graça (14º - 427 votos).

Nesta perspectiva, aquela votação parece-me mais lógica, encarando o sentido tradicional daquilo que se entende por património.

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