segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Eleições Autárquicas - resultados finais em Torres Vedras.

Começamos por completar os resultados das freguesias que ainda faltavam apurar ao final da noite de ontem, completando assim a divulgação de resultados  AQUI publicados em post anterior:

S.PEDRO DA CADEIRA: Vencedor - PS (63,53), com 7 mandatos, seguindo-se o PSD (22,96), com 2 mandatos;

SILVEIRA: Vencedor - PS (55,19%), com 8 mandatos, seguindo-se o PSD (20,92%) com 3 mandatos, a coligação liderada pelo CDS (8,64) com 1 mandato e o CDU (6,72%), igualmente com 1 mandato;

Ventosa: Vencedor - PS (49,94%) com 6 mandatos, PSD (22,87%9 com 2 mandatos e a lista independente "Torres em Linha" (12,64%), com 1 mandato;

Por último, um dos resultados mais esperados, o da "super-freguesia" unida de S. Pedro, Stª Maria e Matacães, a freguesia urbana com 20 mil eleitores:

Nesta freguesia o PS obtém maioria absoluta, com 44,07% dos votos expressos e a eleição de 10 mandatos, seguindo-se, por ordem, o PSD (18,75%) com 4 mandatos, a CDU (13,58%) com 3 mandatos, a Lista independente "Juntos Por Todos" com 7% e 1 mandato e "Torres na Linha", outra lista independente, mas saída de uma cisão no PSD com 5,98% e 1 mandato.

No total das Assembleias de freguesia o PS saiu vencedor, com 76 mandatos, mas perdendo cerca de 3000 votos em relação a 2009, seguindo-se o PSD com 31 mandatos, perdendo mais de cinco mil votos em relação a 2009, a CDU, com 13 mandatos e mantendo praticamente o mesmo número devotos das eleições anteriores (um ganho de 9 votos). As listas independentes ganharam mais de 2 mil votos em relação às anteriores eleições, com 13 mandatos, segundo-se o CDS, em coligação com o PPM e o MPT, quando em 2009 tinha concorrido coligado com o PSD, com mais de mil votos e 2 mandatos. O Bloco de Esquerda, concorrendo pela primeira vez, mas apenas a algumas poucas freguesia, situação idêntica á do PNR, não elegeram qualquer membro de assembleia de freguesia no concelho. 

O Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o PNR obtiveram aqui os seus piores resultados, comparativamente com os resultados para a Assembleia Municipal e para  Câmara Municipal.

Pelo contrário, foi nas Assembleias de Freguesia que os Independentes obtiveram, no seu conjunto, o melhor resultado das três eleições.


ASSEMBLEIA MUNICIPAL 

O PS venceu na Assembleia Municipal, mantendo a maioria absoluta, com 15 eleitos, perdendo contudo 1 deputado eleito directamente e mais de 3 mil e quinhentos votos em relação a 2009.
O PSD perdeu mais de 4 mil e quinhentos votos e dois deputados, elegendo 7;
A CDU perdeu pouco menos de 300 votos, mas aumentou a sua representação, de 2 para 3;
A lista independente "Torres na Linha", que concorreu pela primeira vez, elegeu 1 deputado municipal e o CDS, em coligação, elegeu igualmente um deputado.
A CDU, a coligação "Torres na Linha", o CDS, o BE e o PNR, estes últimos não elegendo ninguém, obtiveram aqui o melhor resultado das três eleições em causa.
Curiosamente foi na eleição para a Assembleia Municipal que o número de votos em branco foi maior, aproximando-se do 5%.

Câmara Municipal 

Por último, a eleição mais "importante" das três, aquela que decide da formação do executivo camarário:
O PS manteve a maioria absoluta, elegendo 6 vereadores, mantendo o número das últimas eleições, embora perdendo cerca de 4 mil e quinhentos votos.
O PSD manteve o segundo lugar, mas perdeu 1 vereador, elegendo dois, perdendo igualmente mais de 4 mil votos.
A CDU conseguiu eleger um vereador, recuperando um lugar que lhe fugia nas últimas eleições, subindo a votação em pouco mais de cem votos.
No total da três eleições, o PS obteve aqui a sua melhor votação, mais de dois mil votos do que aqueles que consegui obter para a Assembleia Municipal e para as Assembleias de Freguesia.
Pelo contrário, o PSD e a CDU obtiveram aqui o seu pior resultado, perdendo os dois partidos quase mil votos cada um em relação aos resultados para os outros orgãos autárquicos.

Eleições Locais - os primeiros resultados oficias do concelho de Torres Vedras: Freguesias

Ponte do Rol: Vencedor - Lista Independente, com 62,21% de votos e 6 mandatos; segue-se o Partido Socialista, com 27, 37%, com 3 mandatos. 
Freiria: Vencedor - PSD com 47,42% e 5 mandatos; Partido Socialista com 41,91% e 4 mandatos;
Ramalhal: Vencedor -PS com 39,25% e 5 mandatos; PSD com 19,56% com 2 mandatos; Torres em Linha (15,44%) e CDU (11,71%) com 1 mandato cada;
Campelos e Outeiro da Cabeça: Vencedor - PS com 64,78% e 7 mandatos, seguindo-se o PSD com 22,41% e 2 mandatos;
Carvoeira e Carmões: Vencedor - CDU com 44,58% e 4 mandatos, seguido pelo PS com 36,07% e 4 mandatos e PSD com 14,23% e 1 mandato;
Dois Portos e Runa: Vencedor PS com 38,61% e 4 mandatos, Lista Independente, 25,64% e 3 mandatos, PSD (16,63) e CDU (11, 63) com 1 mandato cada;
Maxial e Monte Redondo: Vencedor PS (59,72) com 6 mandatos;seguem-se o PSD   (21,90%) com 2 mandatos e a CDU (10,86%) com 1 mandato;
Turcifal :Vencedor PS (56,01%) com 6 mandatos; PSD (20,72%) com 2 mandatos e CDU (10,79%) com 1 mandato;
A Dos Cunhados e Maceira: vence o PS com 39,09 % e 6 mandatos; segue-se o PSD com 5 mandatos (33,58%), CDU (9,71%) e CDS/PPM/MPT (8,25%) com 1 mandato cada;
Das restantes freguesias, as maiores, ainda se aguardam os resultados finais. No geral parece garantida a vitória do PS na Câmara, com maioria absoluta.
Amanhã esperamos conseguir divulgar aqui os resultados finais oficiais.

domingo, 29 de setembro de 2013

Siga aqui a noite das eleições, em directo no PÚBLICO





Já que os canais de TV prometem para hoje uma noite de "seca" informativa, destacando apenas Lisboa e Porto, estando mais interessadas em promover os seus "realty shows", (talvez apenas a RTP 1 valha a pena) , o melhor para seguir as eleições parece-me ser este site do Público, que promete acompanhar a noite eleitoral desde a freguesia ao país:

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

As Eleições Autárquicas Torrienses...entre o previsível e as novidades..



 (excerto da primeira página do jornal Badaladas de hoje)

Em Torres Vedras, nas últimas eleições autárquicas, apenas concorreram três forças políticas, o PS, o  PSD (em coligação com o CDS) e a CDU. 

O Partido Socialista venceu em toda a linha, com maioria absoluta, apesar da conjuntura que era então desfavorável ao PS.

Apenas a nível de freguesia se registaram algumas diferenças no total concelhio, com a CDU a vencer numa freguesia, o PSD a vencer em duas e uma lista independente, embora apoiada pelos partidos da direita, a vencer numa quarta freguesia, num total de vinte freguesias.

Nestas eleições muita coisa mudou, principalmente à direita, mas também na nova composição das freguesias.

Das anteriores vinte freguesias, o concelho ficou reduzido a treze, por causa da união forçada por lei entre algumas delas.

À Câmara, à assembleia municipal e à maior freguesia de todas, a sediada na cidade, que junta três antigas freguesias, concorrem agora sete listas.

Quatro dessas listas podem ser situadas à direita. Desta vez o PSD e o CDS apoiam candidaturas diferentes, o segundo em coligação com o PPM e o Partido da Terra, apoiando estes um candidato “independente”.

Por sua vez o PSD local cindiu-se em dois, uma candidatura oficial, outra, “Torres em Linha”, independente, cativando eleitores fora do círculo tradicional do partido do governo. 

Concorre ainda pela primeira vez a nível autárquico um partido de extrema-direita, o PNR.

À esquerda a novidade é a estreia autárquica do Bloco de Esquerda, mantendo-se as candidaturas habituais da CDU e do PS.

Como se já não bastasse o voto de protesto que se vai concretizar penalizando o PSD um pouco por todo o país, este partido aparece, a nível local,  a enfrentar  vários concorrente que disputam o seu eleitorado tradicional, pelo que se prevê o pior resultado de sempre desse partido a nível local.

Uma curiosidade será saber se o PSD continua a manter-se, como sempre aconteceu, como  segunda força do concelho na Câmara e na Assembleia Municipal ou se vai, pela primeira vez, ser ultrapassado por outras candidaturas, nomeadamente pelos dissidentes da “Torres em Linha”.

Já o aparecimento do BE não deverá alterar muito as coisas à esquerda, prevendo-se uma vitória do PS. 

A incógnita reside em saber se o PS vai manter ou não a sua maioria absoluta, se a CDU ou o Bloco conseguem eleger algum vereador, se o primeiro destes dois consegue aumentar a sua representação na assembleia e se o BE se consegue estrear neste órgão (já lá teve representação, mas eleito nas listas da CDU).

Nas freguesias, excluindo a “urbana”, o número de listas concorrentes é mais reduzido, embora desta vez PSD e CDS apareçam divididos. Desta vez temos em todas as freguesias um mínimo de quatro partidos concorrentes, PS, PSD, CDS e CDU (Freiria, S.Pedro da Cadeira, Silveira, Turcifal, freguesias unidas de A Dos Cunhados e Maceira e  Carvoeira e Carmões).

Existem, contudo, algumas situações de excepções: na Ponte do Rol concorrem apenas três listas, PS e CDU e os “independentes” “Juntos por Ponte do Rol”, que ganharem as últimas eleições e beneficiam do apoio indirecto da ausência de candidaturas à direita. 

Nas freguesias unidas de Campelos e Outeiro da Cabeça e Maxial e Monte Redondo, repete-se o cenários das últimas autárquicas, apenas com três listas concorrentes em cada uma: PS, PSD e CDU.

Por sua vez no Ramalhal, na Ventosa e nas freguesias unidas de Dois Portos e Runa surgem candidaturas independentes, para além das quatro forças políticas tradicionais.

No Ramalhal surge uma quarta lista de independentes, a concorrer contra os quatro partidos tradicionais, “Unidos pela freguesia”.

Na Ventosa surge a Candidatura “Torres na Linha”, dissidente do PSD.

Na freguesia unida de Runa e Dois Portos surge uma lista independente dos quatro partidos, “União Pela Mudança” .

No geral é de prever que o PS, beneficiando da conjuntura e das divisões no seio do PSD, consiga ganhar na maioria das freguesias.

Contudo, o aparecimento de listas independentes, nomeadamente na união de freguesias de Runa e Dois Portos, onde se regista um voto sempre volátil, pode baralhar a situação, sendo igualmente previsível que a lista independente da Ponte do Rol “bata o pé” às pretensões do PS de recuperar essa freguesia.

É igualmente previsível que a CDU volte a vencer na nova União de freguesias da Carvoeira e Carmões.

Um caso à parte é a freguesia urbana que une três antigas freguesias, S. Pedro, Stª Maria e Matacães, tornando-se uma mega freguesia com mais de 20 mil eleitores.

O PSD já teve alguma força na maior dessas antigas freguesias, S. Pedro, mas desta vez não parece ter grande hipótese, pois agora concorrem sete listas, quatro das quais disputando, seguramente, o seu eleitorado tradicional.

Se o PS é o principal favorito, tem a concorrência de duas fortes candidaturas, uma independente, que vem da área do PSD, Juntos por Todos,( para além dos dissidentes da “Torres em Linha”), e outra da área da CDU.

O voto de protesto contra os políticos, a abstenção, o verdadeiro peso das listas independentes e o aparecimento pela primeira vez do BE, pode baralhar muitas previsões, pelo que esta será uma das eleições mais “abertas” na história das eleições autárquicas torrienses.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Esta Manhã: - Baixa-Mar em Santa Cruz, em período de marés vivas...

Esta manhã assistiu-se em Santa Cruz a uma das maiores marés baixas de que me lembro, como se revela pelas fotografias que tirei :