quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

ranking do poder de compra de Torres Vedras


Os ranking valem o que valem, mas, apesar das nossas reservas, aqui ficam os dados mais recentes (referentes a 2013) sobre o poder de compra dos concelhos portugueses.

Torres Vedras ocupa o 42º lugar do raking do poder de compra per capita, entre o total dos municípios portugueses.

Entre os concelhos próximos de Torres Vedras, Mafra, em 29º, e Caldas da Rainha, em 34º, são os que revelam uma melhor situação.

Dos restantes, o que está mais próximo de Torres é Alenquer (60º). Seguem-se Peniche (82º), Sobral de Monte Agraço (91º), Óbidos (130º), Lourinhã (131º) e Cadaval (164º).

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Mulheres Torrienses contra a ditadura do Estado Novo


Foi editada recentemente a obra "Mulheres contra a ditadura", da autoria da deputada e historiadora Cecília Honório e editada pela Bertrand.

A obra procura dar visibilidade a participação das mulheres na resistência contra a ditadura salazarista, centrando-se no período de actividade do MUD Juvenil (1946-1952), movimento que se caracterizou por uma grande participação de jovens mulheres e onde muitas se iniciaram na vida política.

Na lista de referências são citadas três mulheres que estão, de alguma modo, ligadas a Torres Vedras:

- Ercília Veiga Ralha Leitão -"período de actividade (1950-195?), Coimbra, conservadora do Registo Civil, Alenquer; apoiou homenagem ao Dr. Luís Gomes; relatório da Legião Portuguesa de 1952 refere-a como elemento perigoso do MUDJ." (p.271). Vive há alguns anos em Torre Vedras,na companhia do filho Fernando e é mãe do ex-vereador Jorge Ralha;

- Maria Alzira - "sem indicação de apelido; participou na delegação portuguesa ao Festival de Moscovo, em 1957, e auxiliou João Monjardino no retorno, vítima de uma gripe asiática; farmacêutica em Torres Vedras" (p.273);

-Maria Lucília MirandaSantos -advogada aposentada e  figura incontornável,sempre que se fala na oposição ao Estado Novo e que é referida nos seguintes termos nessa obra : "Torres Vedras (aderente do Mud Juvenil noutras localidades fora de Coimbra que participaram no 50º aniversário)". Vive actualmente em Santa Cruz na companhia do filho e família, o juíz José Edurado Miranda Santos Sapateiro.

Ficam assim aqui estas referências como um contributo para o conhecimento da história local da oposição ao Estado Novo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Ruas com Memória

(foto da CCC)

As ruas da zona histórica desertificam-se.

Alguns comércio local vai sobrevivendo à concorrência desleal das grandes superfícies que proliferaram como praga por todo o lado, bem como à crise financeira que empobrece os portugueses e lhes retira poder de compra.

Mesmo assim, alguns resistem e procuram animar o Centro Histórico: algum pequeno comércio que vai resistindo; alguns raros habitantes  melhorando as poucas habitações que não estão abandonadas; alguns bares animando as  noites; algumas obras nas ruas que disfarçam a decadência.

Por sua vez, várias associações locais têm escolhiso o Cento Histórico de Torres Vedras para a sua sede, dando uma nova esperança de animação para o local, como é o caso da Cooperativa de Comunicação e Cultura que promoveu uma iniciativa de louvar, a de preencher alguns espaços vazios, montras de lojas comerciais que encerraram, com fotografias em grande formato que recordam Torres Vedras e torrienses de outras épocas.

Intitula-se  "Memórias da Cidade" e integra um conjunto de 23 fotografias de grande formato, cedidas pelo fotógrafo Ezequiel Santos, que adquiriu o espólio do antigo Foto Estúdio, uma casa fotográfica que existiu entre os anos 50 e 70, fundada por Domingos Pinheiro Grão, na Rua Serpa Pinto (nºs 31 a 36) e que foi desenvolvida por Francisco Duarte Mateus, um fotógrafo torriense, que aprendeu e trabalhou com o histórico Raúl Rocha, e que se tornou proprietário da Foto Estúdio quando Domingos Grão deixou Torres Vedras para abrir uma casa de fotografia em Setúbal.

A maior parte das fotografias expostas são assim da autoria de Francisco Mateus, outras são da coleção de fotografias e postais antigos do fotógrafo Ezequiel Santos, responsável também pela preservação e tratamento dos negativos que deram origem a esta exposição.

Uma forma de reanimar o centro histórico pode ser percorrer as suas ruas à descoberta dessa grande exposição a céu aberto  e das memórias guardadas nessas fotografias.

Foi o que nós fizemos há uns dias atrás: