quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Carlos Miguel -Um Torriense no governo da nação


Aqui transcrevemos o perfil de Carlos Miguel, traçado pela LUSA: 

“Carlos Miguel, um autarca há mais de 20 anos

“Enfrentou três eleições autárquicas, a última das quais em 2013, e prometia levar o atual mandato até ao fim, em 2017, quebrando a tradição dos seus antecessores de deixar a meio o último mandato

“O novo secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, de 58 anos, é advogado e autarca há mais 20 anos, os últimos 11 dos quais como presidente da Câmara de Torres Vedras.

“Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Carlos Miguel nasceu e reside em Torres Vedras, onde é desde maio de 2004 presidente da câmara. Na década de 1990, foi membro da assembleia municipal.

“Em 2003, chegou à câmara para ser vice-presidente do executivo liderado pelo socialista Jacinto Leandro, que, no ano seguinte, renunciou ao mandato, deixando a autarquia nas suas mãos. Jacinto Leandro era presidente de câmara desde 1995, tendo substituído José Augusto de Carvalho, que assumiu na altura o cargo de secretário de Estado do Ordenamento do Território, com a pasta das Autarquias Locais, num Governo de António Guterres.

“Nas eleições autárquicas de 2005, Carlos Miguel candidatou-se e ganhou o município pela primeira vez. Enfrentou três eleições autárquicas, a última das quais em 2013, e prometia levar o atual mandato até ao fim, em 2017, quebrando a tradição dos seus antecessores de deixar a meio o último mandato.

“Desde 2013 é também presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste e, desde 2014, presidente da Federação Regional do Oeste do Partido Socialista. É ainda vogal da mesa do congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.

“Com origens na etnia cigana, ficou conhecido por ser o "advogado dos ciganos", ao defender as causas desta minoria. Nesse âmbito, chegou a apoiar a Pastoral dos Ciganos.

“Foi ainda conselheiro do Alto Comissariado para as Migrações e é membro suplente do Conselho Económico e Social”.

LUSA. 25 de Novembro de 2015


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Fotografias de Torres Vedras dos anos 20 e 30 do Século XX existentes no Arquivo Fotográfico de "O Século", na Torre do Tombo.

O valioso património fotográfico do jornal "O Século" encontra-se, desde há poucos anos, depositado na Torres do Tombo, onde se inclui também o valioso património fotográfico de Joshua Benoliel.

A maior parte das fotografias estão digitalizadas e disponíveis na internet sob a designação de "SF Serviços e Fotografia 1880/1972".

Três dos núcleos desse arquivo podem ser consultados com as designações de "Albúns Gerais 1908-02/1971-07-24",  distribuído por 194 albuns, cada um com centenas de fotografias disponíveis,  "Fotografias de 1921-1925", com dois albuns,  e "Joshua Benoliel", com um conjunto de 10349 fotografias .

O problema é que a maior parte dessas fotografias, apesar de estarem disponíveis e poderem ser copiadas (mantendo a marca de àgua da Torres do Tombo), não se encontram identificadas, quanto á data e localização.

Sabemos, contudo,  que Joshua Benoliel fez várias fotografias em Torres Vedras nas duas primeiras década do século XX, mas estas só talvez as possamos encontrar percorrendo atempadamente as mais de dez mil fotografias disponíveis, mas na maoir parte não legendadas. 

Até lá, podemos ver algumas dessas fotografias na revista "Ilustração Portuguesa", às quais temos recorrido em diversas ocasiões, temas a que voltaremos um dia destes .

Mas foi no primeiro daqueles núcleos que conseguimos encontrar 21 fotografias tiradas em Torres Vedras, nas décadas de 20 e 30 do século passado, quase todas inéditas.

Em baixo  reproduzimos vinte dessas fotografias.

1926 : "Aspectos das ornamentações das Festas de Torres Vedras" (no Choupal):



1929 - Uma "Comissão de Torres Vedras e Cadaval" de vista ao jornal "O Século" (28 de Janeiro)


1929 -"Inauguração da Linha Telefónica em Torres Vedras" (4 de Março, frente à estação ferroviária)

1930 - "Comissão de Torres Vedras" (22 de Abril)

1930- "Em Torres Vedras, Reunião de Viticultores" (21 de Setembro)

1931 (1 de Fevereiro) - várias fotografias da reportagem sobre a inauguração da Exposição Vinícola de Torres Vedras (Av. 5 de Outubro)


 (nesta fotografia são identificados: 1- coronel João Luís de Moura; 2 - General Domingos de Oliveira; 3 - António Hipólito)

1933 - Semana do Mutualismo (Associação de Socorros Mútuos 24 de Julho de 1834). Estandarte e dirigentes


1934 - (5 de Fevereiro) - "Carro- reclame do Carnaval de Torres" (em Lisboa?)

1936 - "O carro do Carnaval em Torres Vedras que veio a Lisboa em propaganda"

1938 - Festa da Primavera - 1 de Maio de
 (Av. 5 de Outubro)


 (representante do Governo Civil de Lisboa condecorando um bombeiro)

(desfile da Legião Portuguesa pelas ruas de Torres Vedras - Largo da Graça)

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Dia de S. Martinho

S.Martinho na História e na lenda AQUI

Empresas Torrienses em destaque


“Portugal Inovador” é uma publicação periódica, que costuma sair como “encarte comercial” com o jornal Público e que inclui reportagens sobre empresas a actividades económicas nacionais das mais variadas áreas.

Não é a primeira vez que a actividade económica de Torres Vedras merece a atenção da revista, mas na edição hoje incluída no jornal “Público”, no seu nº 75 de Novembro de 2015, é referido um grupo significativo de empresas torrienses.

É o caso da A.L Correia Lda., empresa metalúrgica do Ramalhal, fundada em 1988 por antigo trabalhador da Casa Hipólito, Augusto Correia e que emprega 24 trabalhadores, com uma componente de inovação tecnológica muito avançada , onde as exportações representam 65% da sua facturação.

Por sua vez, destaca-se também uma reportagem sobre o 10º aniversário da Escola Internacional de Torres Vedras, uma escola privada que lecciona desde o pré-escolar ao ensino básico e secundário, abrangendo alunos  de vários concelhos vizinhos e com várias valências educativas.

Uma das mais antigas empresas torrienses, a Toitorres, fundada em 1971, dedicada ao comércio automóvel daquela conhecida marca japonesa, e empregando 35 trabalhadores, é outra das empresa em destaque nessa edição.

Outras das empresas destacadas é a Pafigal ,um industria de panificação de S. Pedro da Cadeira, fundada em 1975 e na posse dos actuais proprietários desde 1982. Actualmente dedica-se principalmente à produção de pão pré-cozido e de massas pré refrigeradas , tendo a Sonae como uma das principais clientes  e começando a apostar na exportação para o Luxemburgo e a Bélgica.

Uma outra área muito tradicional na região, a vitivinicultura, merece também destaque naquela publicação, através de uma reportagem sobre a produtora de vinhos “Quinta da casa Boa”, de Runa, com origem no século XVIII e na posse da actual família desde 1958, uma propriedade de 120 hectares . Produz anualmente 140 mil litros de vinho, exportando a sua produção para a Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Polónia, Suiça , Suécia, Angola, Brasil e Estados Unidos.

De destacar ainda uma entrevista com o Engº José de Oliveira Guia, um dos mais dinâmicos empresários do concelho e da região, há 18 anos a presidir  à Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas.


Este conjunto de reportagens revela assim as potencialidades empresarias deste concelho.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Torres Vedras em 1940, numa edição especial da "Gazeta dos Caminhos de Ferro"

A revista "Gazeta dos Caminhos de Ferro" foi uma das publicações que mais longa duração conheceu em Portugal.

Surgiu em 1888 com o título de "Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Espanha", tendo retirado a referência ibérica em 1899.

Publicou-se até 1971.

Editou na década de 40 algumas edições monográficas dedicadas a localidades onde existia caminho-de-ferro, com aconteceu com Torres Vedras, na edição de 16 de Abril de 1940 (nº1256)que hoje aqui divulgamos.

Ao longo da sua história, cujo início que coincide com os primeiros anos do caminho-de-ferro da linha do Oeste, é possível encontrar muitas notícias sobre esse tema relacionadas com Torres Vedras.

Nesta edição destacamos a entrevista com o presidente da Câmara de então, o Conde Tarouca, e as referências ao Museu, à Biblioteca, ao Carnaval e à Casa Hipólito. Chamamos ainda a atenção para os anuncios comercias de várias empresas torrienses.

A maior parte das edições da "Gazeta..." estão disponíveis online através do site da hemeroteca de Lisboa, de onde retirámos as páginas dessa edição especial que em baixo divulgamos:











(Clicar sobre as imagens para as ler em ponto grande)

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Previsão do Clima em Torres Vedras no Final do Século XXI


Torres Vedras está a participar numa investigação pioneira, orientada pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, envolvendo 26 municípios.

O objectivo dessa investigação é fazer um  retrato nacional dos impactos das alterações climáticas a nível local , preparando o país para as alterações climatéricas previstas até ao final do século.

Um primeiro balanço foi apresentado ao público no final do mês passado.

Torres Vedras está entre o lote de municípios que vai registar um maior aumento de períodos de chuva no Inverno, mais 12%, o sétimo concelho, dos 26 analisados, onde essa situação será mais extrema.

Quanto ao aumento das situações de seca na primavera, onde, pelo contrário, se registará um redução da pluviosidade, a situação no concelho ainda será mais grave, sendo o 4º pior, com uma redução de 49%  na chuva.

Quanto ao aumento da temperatura, a situação de Torres Vedras será menos grave que na maior parte dos restantes concelhos, encontrando-se entre os menos graves, mas mesmo assim prevê-se, no cenário mais extremo, um aumento de 35% de dias com temperaturas superiores aos 35 graus.

Quanto ao aumento médio da temperatura, a situação é igualmente grave, com uma previsão do aumento médio da temperatura no concelho em 5 graus.

Reproduzimos em baixo o artigo do Público sobre a primeira apresentação de resultados desse projecto:

“Retrato climático local prevê ondas de calor três a doze vezes mais frequente

por RICARDO GARCIA, in Público de  18/10/2015 .

Os municípios portugueses vão ter de se preparar para um futuro com ondas de calor que podem ser três a doze vezes mais frequentes do que hoje. Vários concelhos terão de suportar mais de 50 dias adicionais com temperaturas acima dos 35oC. A chuva pode diminuir para mais da metade no Verão, mas aumentar até cerca de 20% no Inverno.

“Estes são cenários que resultam de um primeiro retrato nacional dos impactos das alterações climáticas a nível local no país, traçado por um programa pioneiro envolvendo 26 autarquias.

“Nesse conjunto de municípios, meia centena de técnicos estão a ser formados para elaborar e pôr em prática estratégias locais de adaptação às alterações climáticas. E adaptar-se será inevitável.

“Cientistas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa olharam para o futuro de todos estes concelhos, segundo dois cenários de concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera, um mais moderado e outro mais extremo. Os resultados serviram de ponto de partida para as autarquias começarem a pensar no que devem fazer.

“E o que se antecipa não é tranquilizador. No cenário mais moderado, prevê-se em todos os municípios uma subida da temperatura média anual de um a dois graus Celsius até 2100. No cenário extremo, os valores aumentam para algo entre três graus, nos Açores e na Madeira, e seis graus em Évora.

“Onze concelhos poderão ver o termómetro subir em cinco graus: Castelo de Vide, Castelo Branco, Amarante, São João da Pesqueira, Bragança, Montalegre, Coruche, Ferreira do Alentejo, Tondela, Barreiro e Torres Vedras. Em Lisboa e no Porto, os valores vão de um a quatro graus.

“O número de dias muito quentes – com mais de 35oC de temperatura máxima – vai subir em todos os concelhos. No topo da lista está Castelo Branco, que terá, em cada ano, mais 37 a 61 deles, conforme o cenário climático.  Évora, Coruche e Ferreira do Alentejo poderão chegar aos 60.

“Nalguns pontos do país onde há poucos dias tão quentes, como Seia e Montalegre, estes passarão a ser frequentes.

“Haverá mais ondas de calor, e mais longas. No pior cenário, prevê-se um aumento de pelo menos três vezes na frequência destes episódios, chegando a seis vezes em Tondela, Amarante, Montalegre e Ílhavo, e mesmo a doze vezes em Loulé.

“A Primavera promete ser muito menos chuvosa, com uma quebra de 58% na precipitação em Loulé, 53% em Odemira, 52% no Barreiro e 51% em Lisboa. Em compensação, estima-se um aumento da chuva no Inverno, que pode chegar aos 19% em São João da Pesqueira e 16% em Viana do Castelo. Lisboa também está entre os que mais verá um aumento na precipitação no Inverno (15%), um problema adicional a uma cidade já vulnerável a cheias em dias de muita chuva.

“Para todos prevê-se o mal dos dois lados da meteorologia: mais episódios de chuvas rápidas e intensas, porém mais secas e incêndios florestais. Numa nota mais positiva, poderá cair substancialmente o número de dias com geada.

“Não foram feitos cenários locais da subida do nível do mar. Apenas há referência ao que se prevê para o mundo como um todo: um aumento de 26 a 82 centímetros até 2100.

“Estes cenários climáticos são apenas o ponto de partida para o planeamento das acções dos municípios envolvidos no projecto ClimAdaPT.Local – liderado pelo centro de investigação climática CCIAM, da Universidade de Lisboa. O objectivo do projecto é não só chegar a estratégias de adaptação em cada um dos concelhos, como garantir que nas câmaras municipais haja técnicos treinados para elaborar, pôr em prática e monitorizar esses planos.

“As 26 autarquias já fizeram parte do trabalho. Identificaram as suas vulnerabilidades actuais e também as futuras, com base nos cenários para 2050 e 2100. O passo mais recente foi a identificação de possíveis medidas de adaptação.

“As mais comuns são as que têm a ver com os recursos hídricos, em particular as destinadas a prevenir cheias. Aí estão, por exemplo, a construção de bacias de retenção, para segurar a água de ribeiras em dias de forte chuva, ou o redimensionamento das redes pluviais.


“Entre as medidas estão também a adopção de culturas agrícolas mais resistentes à seca, a regeneração de cordões dunares, a criação de sistemas de alerta local para eventos extremos ou a criação de corredores verdes nas cidades”.