O texto por nós publicado sob aquele título tem, só por si, uma longa história.
Foi escrito em 1995, a pedido de Andrade Santos para ser publicado numa edição da “Torres Cultural”, comemorando os 50 anos do final da guerra.
Deparando-me com uma grande falta de fontes locais tradicionais para elaborar esse trabalho, recorri à ajuda de testemunhas orais, de pessoas que eu conhecia e tinham vivido esse período: o Sr. Pedro Fernandes, o sr. Adão de Carvalho, ambos entretanto já falecidos, e à minha mãe, Maria Helena Costa Aspra de Matos, que, durante a infância, me tinha contado muitas histórias desses tempos conturbados.
Entretanto alarguei o meu estudo para a recolha de dados sócio-económicos sobre a região.
Uma versão resumida do resultado dessa investigação, acabou por ser a publicada no nº 7 da “Torres Cultural”, edição de 1996.
Como tinha recolhido e escrito muito material que não pôde ser publicada por razões de espaço, acalentei a ideia de publicar um pequeno livro sobre o assunto.
Esse objectivo ficou-se pela elaboração de uma maqueta, cujo exemplar é o único documento original que possuo desse texto.
Tal texto tinha sido escrito no meu primeiro computador, um Macintosh, copiado posteriormente para uma disquete quando me desfiz desse computador para comprar um mais recente, entretanto também já desaparecido.
Resumindo e concluindo, desse texto, em formato digital, apenas consegui salvar para o meu actual computador uma parte. Tem-me faltado tempo para passar o que falta para o computador, a partir daquela maqueta (cujo exemplar só hoje descobri).
Entretanto comemorava-se, no passado dia 1 de Setembro, o 60º aniversário do início da Segunda Guerra e lembrei-me que talvez pudesse publicar esse texto no blog Vedrografias, mesmo com o texto incompleto, sem conseguir reproduzir os gráficos (já agora, alguém me ensina como é que posso reproduzir gráficos para um blog?), e sem a bibliografia incluída.
Só tinha duas opções, ou deixava passar a efeméride, à espera de aperfeiçoar o texto (cuja publicação ficava mais uma vez adiada) ou publicava-o mesmo assim, com o objectivo de divulgar o que era essencial.
Encaro este blog como um espaço de divulgação e ensaio e não o confundo com uma tese de Mestrado ou uma edição em livro.
Não me pareceu que o texto perdesse qualidade ou importância sem estar tecnicamente perfeito.
A própria leitura do texto que tinha digitalizado, era esclarecedor sobre as fontes utilizadas. Implícita ou explicitamente estavam lá as indicações bibliográficas fundamentais.
Por isso não percebo a boca anónima que me foi enviada.
Aliás, tenho pouca consideração pelo anonimato, e esta será a última vez que respondo a um leitor anónimo, mais porque penso que os meus leitores têm direito a um esclarecimento do que por qualquer consideração pelo anonimato.
Sendo assim, e de modo resumido, passo a esmiuçar as fontes utilizadas, sem preocupação em seguir os cânones, como mera indicação (que, repito, estão implícitas ou explícitas no texto, um texto inacabado e de mera divulgação):
Fontes Orais (as principais para a elaboração deste texto):
- Adão de Carvalho;
-Maria Helena Costa Aspra de Matos;
- Pedro Fernandes.
Fontes Manuscritas:
- Livros de Acordãos da Câmara Municipal de Torres Vedras, nº 47 e nº 48,Arquivo Municipal de Torres Vedras (nomeadamente os acórdãos de 10 de Maio de 1945, ff. 194V e 195, e de 16 de Agosto de 1945, f. 14);
Fontes Impressas:
- Anuários Demográficos de 1938 a 1947, ed. INE.
- “Notícias de Torres”, de 1942 e 1943.
- OLIVEIRA, Rogério V. de “O custo de produção do vinho no concelho de Torres Vedras”, in Anais da Junta Nacional do Vinho, vol. III, 1951, pp. 185 a 289.
- Recenseamentos Gerais da População, 1930, 1940 e 1950, ed. INE (actualmente estão disponíveis na internet no site do INE – Instituto Nacional de Estatísticas).
- Regulamento Interno da Escola Secundária Municipal de Torres Vedras, ed. Sociedade Progresso Industrial de Torres Vedras, Outubro de 1944.
- “A Voz do Concelho”, 1942.
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