No princípio da década de 90, na sequência de uma primeira tentativa de
sintetizar a História do Carnaval de Torres para um número especial da revista
Zona Oeste de 1992, dedicada a esse evento, fui convidado pelo então vereador
da cultura, Dr. António Carneiro, a completar aquele primeiro estudo, com o
objectivo da publicação de um livro sobre o tema.
Tendo entregue o texto final em meados de 1995, demorou algum tempo até
existirem condições para publicação do livro.
Entretanto, a obra começava a desatualizar-se, em especial na parte
dedicada ao “Carnaval actual”, pelo que, já em 1998, o mesmo vereador me
entregou um texto alternativo a essa parte para eu adaptar ao que tinha
escrito, acabando o capítulo por ser intitulado “O
Carnaval na Actualidade” (pp.65 a 70), incluído por mim no texto final com a
condição de se indicar que “este capítulo
foi escrito tendo por base um depoimento escrito que nos foi facultado
pelo Dr. António Carneiro”, como se pode ler na página 77 da referida obra.
Criaram-se então as condições para a 1ª edição da obra, com uma tiragem
de 2000 exemplares, em co-autoria, na parte gráfica com o meu amigo Antero
Valério, editada em 1998.
Fiquei a aguardar uma 2ª edição onde pudesse rever e incluir novos dados e lacunas de investigação, bem
como actualizar o último capítulo, muito em especial a parte referente ao carnaval de Torres pós-25 de Abril, que era a parte mais "frágil" do livro.
Tal não foi possível, mas o texto que foi substituido, datado de 1994,
continuou guardado no meu computador, até, depois de muitas voltas por muitos computadores (que podia servir de base para a minha história pessoal de relação com a informática, iniciada em 1991), o consegui finalmente recuperar, e é o que hoje aqui, pela primeira vez,
divulgo, lembrando que não foi corrigido e foi escrito tendo em conta a realidade
do carnaval de Torres em 1994.
Não se confunda a situação descrita com qualquer acto de censura. A alteração, concorde-se ou não com ela, deveu-se àquilo que se pode chamar "opção editorial", a que eu acedi para desbloquear uma situação que já se arrastava demasiado no tempo e que punha em risco um trabalho de dois ou três ano. Hoje teria agido de modo diferente. Erros de "juventude"!. Por outro lado, como podem ler aí em baixo, pelas indicações bibliográficas do texto "esquecido", quase tudo o que estava nele foi baseado no tal número especial do Zona Oeste de 1992 sobre o carnaval, situações aí descritas até com mais desenvolvimento e pormenor do que no meu texto, edição que foi pública e na qual eu fui co-autor com o Jorge Humberto e o Daniel Abreu.
Esta não foi, aliás, a primeira vez que, por opção editorial, tive de encurtar textos ou eliminar capítulos inteiros. Quem já escreveu livros sabe que tem de deixar muita coisa de fora. Por exemplo, na Monografia de Torres Vedras, na qual fui co-autor, tive de deixar de fora, voluntariamente, um capítulo inteiro, situação que terá acontecido também aos meus colegas. Muitas vezes, quando colaboro em jornais ou revistas, tenho de escrever vários textos até o "reduzir" ao espaço que tenho disponível.
Mesmo que o texto que abaixo reproduzo tivesse sido incluído no livro do Carnaval, teria de ter sido revisto. O que divulgo não é mais que um rascunho.
O que não quer dizer que não concorde com o que disse, certeiramente, um amigo meu com alguma graça, quando do lançamento público do livro do Carnaval, criticando-me por,nesse capítulo discutível, ter despido a máscara de Fernão Lopes e vestido a de Gomes Eanes de Zurara.
Desde então muito aconteceu, e, de facto, toda a verdadeira história do Carnaval de Torres dos últimos 25 anos continua por fazer.
Não se confunda a situação descrita com qualquer acto de censura. A alteração, concorde-se ou não com ela, deveu-se àquilo que se pode chamar "opção editorial", a que eu acedi para desbloquear uma situação que já se arrastava demasiado no tempo e que punha em risco um trabalho de dois ou três ano. Hoje teria agido de modo diferente. Erros de "juventude"!. Por outro lado, como podem ler aí em baixo, pelas indicações bibliográficas do texto "esquecido", quase tudo o que estava nele foi baseado no tal número especial do Zona Oeste de 1992 sobre o carnaval, situações aí descritas até com mais desenvolvimento e pormenor do que no meu texto, edição que foi pública e na qual eu fui co-autor com o Jorge Humberto e o Daniel Abreu.
Esta não foi, aliás, a primeira vez que, por opção editorial, tive de encurtar textos ou eliminar capítulos inteiros. Quem já escreveu livros sabe que tem de deixar muita coisa de fora. Por exemplo, na Monografia de Torres Vedras, na qual fui co-autor, tive de deixar de fora, voluntariamente, um capítulo inteiro, situação que terá acontecido também aos meus colegas. Muitas vezes, quando colaboro em jornais ou revistas, tenho de escrever vários textos até o "reduzir" ao espaço que tenho disponível.
Mesmo que o texto que abaixo reproduzo tivesse sido incluído no livro do Carnaval, teria de ter sido revisto. O que divulgo não é mais que um rascunho.
O que não quer dizer que não concorde com o que disse, certeiramente, um amigo meu com alguma graça, quando do lançamento público do livro do Carnaval, criticando-me por,nesse capítulo discutível, ter despido a máscara de Fernão Lopes e vestido a de Gomes Eanes de Zurara.
Desde então muito aconteceu, e, de facto, toda a verdadeira história do Carnaval de Torres dos últimos 25 anos continua por fazer.
“CARNAVAL EM LIBERDADE
Tendo sido o Carnaval um dos
raros espaços de liberdade no período anterior ao 25 de Abril , tendo de
enfrentar por vezes a incompreensão das próprias autoridades , paradoxalmente
no primeiro carnaval em liberdade , o de 1975,
não foi organizado qualquer desfile em Torres Vedras , situação que se
manteria nos anos seguintes.
Tendo ainda por base o amadorismo de outros tempos , seguiram-se várias
tentativas de relançar o carnaval .Em 1978 seria avançada uma proposta para que
fossem os "Bombeiros" a organizar o carnaval , mas as exigências
económicas de um tal projecto tornavam
incomportável para aquela associação um
tal risco financeiro :
“Quando a Física de Torres
Vedras deixou de ser a entidade responsável pela organização do Carnaval este
ficou moribundo, perdendo assim as tradições que ao longo dos anos angariaria
em todo o País. (...)
“A organização e a realização do
Carnaval de 1978 foi oferecida aos bombeiros, cuja direcção e comando estudou
demoradamente o assunto, tendo chegado à triste realidade de, nas condições
actuais, se tornar impossivel realizar tal festa dado que não reuniam, para o
efeito, as condições exigidas.(...).
“Mas os homens fazem tudo e dentro deste simples pensamento poder-se-á
fazer o Carnaval de 1978, basta que a nossa Câmara Municipal seja a entidade
responsável pela sua organização e assim poderemos talvez adiantar que os
Bombeiros Voluntários ajudarão e até as demais colectividades da vila, em tal
capítulo , estarão presentes. (...)”.
(editorial não assinado -Manuel Candeias ?- do OESTE DEMOCRÁTICO ,
intitulado “O Carnaval de Torres Vedras”, nº118 de 23-9-1977).
De qualquer modo esse ano de
1978 terá marcado o arranque para esta nova etapa do carnaval torriense:
“(...) formou-se com o patrocínio da Câmara Municipal e respectiva
Comissão de Turismo, a Comissão de Carnaval 1978, para a realização destes
festejos a favor do Asilo de S.José.(...)
“Pela primeira vez este teve a participação directa de muitas terras do
concelho, que se fizeram representar com carros alegóricos (..)” (F.Jaime
Valadas “Carnaval de Torres 1978 " in OESTE DEMOCRÁTICO nº138 de
10-2-1978).
Até 1983 o carnaval manter-se-ía nestes moldes. No de 1982 estiveram
presentes cerca de 40.000 pessoas e em 1983 desfilavam 13 carros com temas
variados.
No Outono Desse ano , Torres Vedras sofre uma das maiores tragédias
deste século, com inundação de grande parta da cidade e concelho ,o que provoca
imensos prejuízos , levando à suspensão da organização do Carnaval de 1984.
“Depois dos 1500 contos de
prejuizo do carnaval de 83 e da anulação do de 84 por causa das cheias do ano
anterior, houve quem pensasse que era desta que o carnaval de Torres
desaparecia. (...).
“É então que surge António Carneiro propondo que a Câmara tutelasse a
organização do Carnaval, ideia que agradou a todos pelas perspectivas de
continuidade que assegurava(...).
“Uma pequena revolução na estrutura da Câmara iniciou-se também nessa
altura, com a criação de serviços de Cultura e Turismo (...). Esta nova
estrutura operacional, com pessoal administrativo e operários em permanência,
que já tinha organizado a Feira de S.Pedro de 83 , veio trazer ao carnaval o
fôlego que necessitava (...)” ( ZONA OESTE ,
Nº13, FEV. 1992 , Daniel Abreu e
Jorge Humberto “carnaval de Torres Vedras-o tele-Carnaval mais tele -Português
de Portugal” pp.25-26).
É assim que se dá início à fase mais recente da sua história. Para
organizar o carnaval de 1985 o vereador
António Carneiro nomeia uma
comissão por si presidida e formada por Afonso Umbelino, José Ramos, Gilberto Pedro Lopes, Luís Alberto P. Novas
, Justino Moura Guedes , João Maria
Brandão de Melo, Carlos Alberto Bernardes,
João Fernando Marques e João Romão Ferreira.
A partir daí o carnaval conhece um assinalável crescimento tornando-se um dos mais
importantes do país, com direito à transmissão directa pela televisão do seu
desfile de Domingo. Dos 37 mil bilhetes vendidos em 1985 , chega aos 52 mil de
1988. (Boletim Municipal nº5, 2º
trimestre de 1988).
Desde 1988 o Carnaval de Torres
passa a obedecer a um temática comum na
decoração dos 13 carros da comissão .
1988 teve por tema "os
descobrimentos" - “à
descoberta da alegria” , em 1989 a
"história de Torres Vedras", em 1990 a "CEE" , em 1991 as
"histórias da carochinha"
, em 1992 "as
olímpiada" , em 1993
"Portugal de lés a lés" ,em 1994
"o mundo da fantasia" e em 1995 "a história do cinema".
Desde 1993 foi autorizado o desfile de um 14º carro , independente da
comissão e patrocionado pale Associação de Defesa do Património e EspeleoClube
de Torres Vedras , presença que tem envolvido alguma polémica ,pela
irreverência crítica deste carro.
Polémico foi também o carnaval
de 1993 , quando o primeiro-ministro Cavaco Silva se recusou a assinar o decreto que , tradicionalmente, desde Salazar,
dava feriado , tolerância de ponto, ou a tarde, na terça- feira de carnaval.
Vários concelhos com carnaval , entre eles o de Torres Vedras, decretaram
feriado municipal e quase todo o país aderiu a uma espécie de desobediência
civil. Cavaco Silva foi alvo de chacota
geral, que incluiu uma manifestação de
cabeçudos e mascarados do carnaval de Torres à porta da sua residência oficial.
Nas sondagens Cavaco Silva entrou em
queda descontrolada, da qual nunca
mais recuperou , pelo menos até ao momento em que escrevo (Novembro de 1994) .
Apesar da crescente profissionalização da sua organização, tem-se mantido a tradição de fazer reverter
os lucros da iniciativa para o apoio a
associações de utilidade pública , entre as quais, os Bombeiros Voluntários , a APECI
(apoio a crianças deficientes) ou o
Asilo de S.José.
Contudo os anos de 1993 e 1994 foram anos de crises, provocada por
condições climatéricas adversas , um risco em qualquer manifestação de rua , principalmente quando o
carnaval coincide com o início do mês de Fevereiro, como foi o
caso.
“O CARNAVAL DE TORRES HOJE [1994]-
ORGANIZAÇÃO E RITUAIS
Cada ano, em meados de Agosto,
os preparativos do
carnaval seguinte começam com
uma reunião do
vereador com a
comissão ,para uma
primeira apresentação de
idéias -tema ,carros ,decorações
,cabeçudos .
Em Setembro tem
lugar uma segunda reunião, desta vez
para tratar de
problemas de administração
e secretariado.
O trabalho intensivo
inicia-se em meados
de Dezembro , dois
meses antes da
data prevista com
dois turnos de
trabalho, a funcionar 24
horas por dia
até à véspera
do corso.
Os carros alegóricos
são fabricados nos
estaleiros de "Arenes" desde
1981 .
Em 1991 eram
responsáveis pelo fabrico
dos carros Pedro
Sobreiro e Travanca
da Costa, o primeiro por 7 carros
e o segundo
por 6, chefiando um
grupo de 12
operários em permanência
durante os dois
meses de trabalho. Noutros anos a autoria dos carros
tem sido da exclusiva responsabilidade de José Pedro Sobreiro , ligado ao
carnaval desde 1980 . Actualmente , e desde 1994 , a
orientação artística está a cargo do mestre António Trindade.
Os carros têm
por base desenhos
à escala. Alguns dos 13
carros mantêm a
sua estrutura inalterável ,de ano para ano. O material
de base , para construção
dos carros , é constituido
por madeira de
pinho, esferovite , gesso ,
aglomerados e tinta.
Antigamente a estrutura
dos carros assentava em
galeras de rodado de madeira. Actualmente e desde 1987, assentam
em chassis feitos
de propósito .”Hoje os chassis
vão aos 9 mts de comprimento , 3 de
largo com rodados de borracha e subiram para 7,5 mts de altura”,lembra-se
Armindo, o funcionário de ligação com os operários e artistas (...)” ( ZONA
OESTE, p.26, Nº13, FEV.92, OB.CIT.).
Para além das temáticas, os carros são sobretudo projectados em termos
do seu impacto visual, que é o que verdadeiramente conta como espectáculo uma
vez que nem todas as idéias se prestam a ser tratadas sob a forma de carro alegórico.
“Assim, os carros de motivação crítica, são muitas vezes os mais
difíceis de conseguir, pois que estão mais condicionados por referentes
concretos” (texto, supostamente da autoria de José Pedro Sobreiro, publicado no
folheto do carnaval de 1983).
A mesma equipa projecta e fabrica os cabeçudos que irão desfilar nos
dias de carnaval. Aqueles são
modelados em escultura
de barro. Depois tira-se
o molde com
gesso por cima (ficando o negativo), dividido pela
parte de traz e
da frente. De seguida sâo elaborados
sobre o concavo
com parte contrária , com fibra
de vidro e
resina (até 1987
era com jornais)
e finalmente são
pintados. Os moldes antigos
são aproveitados. A estrutura
é em ferro.
Quanto à temática dessas figuras tradicionais do carnaval torriense , tem havido a
preocupação de abranger um leque variado
de temas desde a fantasia pura e simples à crítica social e política,
passando pelos temas clássicos (mitologia).
Os “homens sem sono”, a cujo trabalho nos bastidores se deve a
realização do carnaval de Torres, vivem esta quadra de forma diferente: uns nem
entram no côrso para ver os carros desfilar e tudo o que desejam é poder
descansar; outros transferem-se da última madrugada de trabalho para o próprio
corso, como figuras de destaque. Aconteceu em 1991 com o novo rei de carnaval.
Todos esses artistas , a quem se deve o
anual desfile carnavalesco deTorres
Vedras , ganham o seu salário por esse trabalho, mas , sem o grande amor
que dedicam a esta tarefa, o Carnaval de Torres não seria o mesmo.
O carnaval nas ruas começa semanas antes da data marcada, geralmente em
meados Janeiro, com as brincadeiras de
carnaval , principalmente agitadas nas escolas, com os "asssaltos" de
mascarados a casa de amigos, e as festas em discotecas da região.
Oficialmente, o Carnaval de Torres
costuma começar no penultimo sábado anterior ao domingo
gordo, com uma embaixada dos reis e a sua côrte de" ministros " , matrafonas e cabeçudos, que se desloca a Lisboa em missão de
propaganda .No mesmo dia realiza-se normalmente o raly trapalhão, tradição
retomada em 1988.
Na sexta-feira seguinte , de manhã,
tem lugar um desfile de máscaras
pelas ruas da cidade, com a participação de milhares de alunos das
escolas e jardins de infância do concelho, costume que se iniciou em 1991 ,
quando a Escola Secundária Madeira
Torres promoveu um concurso de máscaras por turmas, para desfilarem pelas ruas da cidade naquele dia da semana.
À noite tem lugar , no largo da
estação , a recepção aos "Zés Pereiras" que , acompanhando , com os
seus bombos , cabeçudos e gigantones , iniciam o seu desfile pelas ruas da
cidade , tarefa que executarão incansávelmente até ao início da noite da
Terça-Feira Gorda.
Pelas colectividades e discotecas do concelho começam nessa noite os
animados bailes de carnaval.
Sábado é dia de recepção real. Tradicionalmente esta tinha lugar na
manhã desse dia ou de Domingo , no largo da estação. Segue-se um discurso de
boas-vindas proferido pelo "primeiro- ministro" do Carnaval e a
entrega , pelo Presidente da Câmara, da chave da cidade à comitiva real.
Em 1993 essa cerimónia teve lugar à noite, seguindo-se um cortejo
nocturno em honra de "Suas Majestades " , prefigurando aquilo que
desde longa data era preconizado por muitos e que , pela adesão popular obtida ,deverá ter
continuidade em anos futuros.
Bruno Brandão de Melo é, desde 1991 , rei do carnaval , representando o
primeiro caso de sucesão dentro da mesma família. António Manuel dos Reis
(Mima) é também "a"
mais jovem "rainha" do carnaval. Por tradição , o rei é
"armado" pela "rainha". Em Torres Vedras, resistindo-se à
"onda brasileira" ,mantém-se o costume de " a rainha" ser
um homem.
O corso carnavalesco , com entradas pagas e desfile dos carros alegóricos , sempre
bastante animado ,tem lugar durante as tardes de Domingo e Terça-Feira.
Cerimónia tradicional nestes dias é a homenagem prestada aos
decendentes da Francisco e Jaime Alves ,
na residência desses pioneiros do
Carnaval de Torres .Principal
responsável por se manter esta tradição
, o sr. António dos Santos Verino
" prepara a festa e acolhe os foliões desde há muitos anos e sempre com o mesmo
entusiasmo e preocupaçaõ : não deixar morrer esta tradição , apesar do trabalho
e custos qu isso implica" .
"(...)É uma cerimónia com todos os ingredientes de um verdadeiro
ritual , onde não falta um formal discurso de agradecimento aos proprietários
que sempre os recebem com uma mesa farta . Nesses dois dias a casa enche-se de dezenas de foliões que , para
além do copo e diversas iguarias gentilmente oferecidas , pretendem exprimir a
sua admiração e respeito . A perticipação e adesão a este ritual é de tal modo
grande que hoje já existem outros grupos de foliões a rivalizar com os
"Ministros e Matrafonas" nesta romagem .(...) Depois da
confraternização , "Ministros e Matrafonas" despedem-se com a família
Alves na varanda a assistir a mais uma praxe desta preciosa característica do
nosso carnaval : dispostos em círculo em plena Rua Henriques Nogueira , os
foliões ajoelham-se para uma peculiar reza final e com um sonoro obrigado lançam-se na
noite". ( Zona Oeste , nº13 , ob. cit. , p.30 ).
A noite é das colectividades e discotecas , sendo a segunda-feira a
mais animada , principalmente pelos numerosos e animados grupos de mascarados
que invadem as ruas e os bailes nessa noite.
A festa termina a altas horas da madrugada , já em quarta-feira de
cinzas”.
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