O comunicado
que aqui transcrevemos foi divulgado pela secção torriense do Bloco de
Esquerda, datado de 29 de Janeiro.
Pensamos que
o seu conteúdo pode ser subscrito por qualquer pessoa, da direita à esquerda,
que preza a natureza e o ambiente ou por qualquer cidadão torriense que se
espantou por mais um atentado ao cada vez mais raro património natural que
ainda existe no centro urbano e que só encontra, por parte dos responsáveis,
respostas esfarrapadas.
Se viermos a
conhecer uma resposta credível a este comunicado, reservamos um espaço neste
blog para a sua divulgação.
Por agora o
único comunicado credível é este que em baixo transcrevemos:
“COMUNICADO
OFICIAL DO BLOCO DE ESQUERDA DE TORRES VEDRAS SOBRE A REMOÇÃO DAS ÁRVORES NA
PRAÇA DA BATATA
“O Bloco de Esquerda de Torres Vedras indigna-se perante a remoção radical das árvores da Praça Machado Santos
(Praça da Batata) cujos canteiros foram substituídos por cimento na passada
sexta-feira, dia 26 de Janeiro de 2018.
Deste modo e através de um só golpe, a Câmara Municipal resolveu transformar uma praça ainda com alguma vida (árvores, gatos, pássaros) num espaço vazio entre prédios em ruínas.
Deste modo e através de um só golpe, a Câmara Municipal resolveu transformar uma praça ainda com alguma vida (árvores, gatos, pássaros) num espaço vazio entre prédios em ruínas.
“O Bloco
conclui que a devastação infligida ao património arbóreo na cidade de Torres
Vedras e extensível a todo o concelho, é aplicada pela antiga e profunda ignorância
e irresponsabilidade das designadas "podas camarárias" (podas
radicais ou rolagem).
“Apesar de
ser um tema há muito trazido para o debate público pelo Bloco de Esquerda em
Torres Vedras, a política florestal da CMTV representa um desrespeito absoluto pelas
árvores e pelos munícipes, como, por exemplo, se verificou no que foi feito às
árvores no Paúl, designadamente em 2011 e 2016.
“O facto do
referido "Diagnóstico Fitossanitário" mencionado pela CMTV - em
comunicado publicado no website do município a menos de 24h da remoção das seis
árvores (da espécie Robinia Pseudoacacia) - revelar que as árvores estavam
debilitadas, tal não significa que devam ser automática e levianamente
removidas.
“O Bloco de
Esquerda exige, para além do fim imediato das podas radicais em árvores
ornamentais (urbanas), a procura de medidas alternativas que possibilitem a
recuperação do tratamento de árvores, designadamente através da
"dendrocirurgia", técnica especializada em estabilizar e recuperar
árvores muito danificadas a fim de se estagnar e estimular a recuperação dos
danos.
“No caso
concreto das árvores arrancadas à Praça da Batata, para além da falta de
cuidado com a qualidade do exíguo terreno onde estavam plantadas nunca os
serviços sequer as regaram com água.
“Tudo poderia
ser sido evitado se a CMTV tivesse a nobre ideia de ter no seu gabinete
florestal uma equipa de técnicos cuidadores de árvores, um diagnóstico e um
mapeamento das árvores danificadas. Neste aspecto o BE já tomou há alguns meses
a iniciativa de organizar um mapeamento de árvores danificadas em Torres
Vedras, aberto a todos os cidadãos e disponível num grupo público do Facebook
intitulado por "Mapeamento de árvores danificadas e tratamento, em Torres
Vedras” (https://www.facebook.com/groups/2007130399517683/).
“Sem uma
mudança de política ambiental e sem a inclusão democrática dos cidadãos na
defesa dos espaços verdes e do ambiente, continuaremos a não ter uma cidade,
cidadania e consciência ecológica dignas do século XXI.
“É importante
referir que o comunicado da Câmara Municipal de Torres Vedras:
“• não
menciona a empresa que fez o estudo que indicou que as árvores fossem
removidas;
“• não disponibiliza o relatório para consulta popular;
“• não apura as responsabilidades pelo facto das árvores terem chegado àquele estado;
“• não revela quais as alternativas que podiam ter sido tomadas nos últimos anos para que não existisse esta medida drástica na Praça da Batata que contribui para a destruição do património arbóreo do concelho.
“• não disponibiliza o relatório para consulta popular;
“• não apura as responsabilidades pelo facto das árvores terem chegado àquele estado;
“• não revela quais as alternativas que podiam ter sido tomadas nos últimos anos para que não existisse esta medida drástica na Praça da Batata que contribui para a destruição do património arbóreo do concelho.
“A Câmara
Municipal refere que serão plantadas 12 árvores nos espaços verdes de Torres
Vedras e o Bloco de Esquerda exige as seguintes respostas: onde, quando e quais
as espécies a plantar e qual a sua origem, e se chegarão já amputadas, à
semelhança das árvores novas no Pátio Alfazema e Choupal, algumas delas
transplantadas já mortas, e a maioria estrangulada por braçadeiras,
considerando que a resposta a estas questões devem ser feitas a curto prazo
pela dignificação do ambiente e dos espaços verdes da cidade.
“Por fim, e
dado ao insólito ocorrido na Praça da Batata o Bloco exige que a CMTV comunique
o plano futuro para a Praça da Batata que se encontra neste momento com os
“canteiros” acimentados”.
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