sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A História e o Património Histórico nos programas dos candidatos autárquicos.


Até que ponto o património histórico e a própria história fazem parte dos programas apresentados pelos candidatos locais às eleições autárquicas?

Procuramos responder a isso recorrendo à leitura dos folhetos distribuídos pelos candidatos, principalmente os dos candidatos à Câmara.

Começando pelo PS, sendo poder, remete-nos para a “obra feita”, apresentando uma extensa lista de iniciativas relacionadas com a divulgação da história local e do património histórico, iniciativas que, ficando a dever-se à iniciativa desta Câmara, são, em muitos casos , obrigação de qualquer Câmara eleita, seja qual for  sua cor politica. Algumas dessas iniciativas  até tiveram a colaboração de gente que hoje se candidata noutros partidos.

Por isso, neste caso, interessa-nos ver o que esse programa defenda para o futuro.

É assim que o programa do PS dedica um capítulo ao “território com identidade”, onde se destacam, no tema que nos interessa, a promessa de reinstalar o Arquivo Municipal, a salvaguardar e proteger o Convento do Barro e a afirmação turística das Linhas de Torres Vedras.

Num outro capítulo, “Território Sustentável” refere-se o programa “Regenerar o Centro Histórico 2030”.

Em relação a este tema, temos a destacar no programa do PSD/CDS a promessa de requalificar o Jardim da Graça e o de requalificar o património do concelho, e, no capítulo “Um concelho cultural e turístico”, defende-se a “preservação do património histórico” e a “valorização do património imaterial”.

O programa da CDU, no capítulo “Cultura Cidadã, para um concelho participativo”, promete promover e desenvolver actividades de “salvaguarda do património natural, histórico e cultural”.

O BE defende igualmente a “preservação do património cultural” e lança a idéia de dinamizar o centro histórico com a criação dos “Jardins de Santiago”, no actual parque de estacionamento aí localizado.

Por sua vez o Torres nas Linhas, que implicitamente transporta no nome da candidatura o peso da história local, refere a defesa da “revitalização do centro Histórico”.

Vemos assim que todos os programas são muito generalistas e vagos em relação aos temas da história local e do património histórico, raramente avançando com exemplos concretos e revelando maiores preocupações noutras áreas.

Claro que não se pode esperar que num folheto distribuído de mão em mão haja espaço para aprofundar as ideias e os projectos.

Com esta ressalva, aqui fica uma resenha daquilo que os candidatos à autarquia de Torres Vedras defendem em relação à identidade histórica e ao património histórico do concelho onde existe ainda muito por fazer.


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