Está
a levantar alguma polémica a retirada dos freixos da Avenida junto à Várzea.
Inicialmente
chegou a falar-se em arranque dessas árvores, importantes, não só do ponto de
vista ornamental, mas também para atenuar o calor daqueles passeios no Verão, numa extensão de mais de 600 metros virada a poente.
Agora
os cartazes colocados nessas árvores falam e “transplantação e substituição de
árvores”, prometendo-se que os freixos serão podadas e posteriormente transplantadas
para a envolvente do Rio Sizandro, “entre o acesso da variante poente e a ponte
de S.Miguel.
O
motivo apresentado é o impacto das
árvores no pavimento e nas infraestruturas subterrâneas, sendo substituídas
pelas chamadas “árvores de Jupiter”.
("árvore-de-jupiter")
Fomos
procurar na Wikipédia e ficámos a saber que esta árvore no “Brasil, é utilizada amplamente em arborização urbana.
Por tratar-se de um arbusto conduzido facilmente reproduzido através de
estaqueamento, foi tida como panacéia para o plantio em ruas com fiação
elétrica. Como resultado, em algumas cidades esta espécie sozinha representa
mais de 20 por cento das árvores em via pública”.
Contudo, no mesmo artigo consultado, e confirmado por outros artigos sobre
essa árvore, são-lhe apontadas várias desvantagens:
·
“grande
quantidade de brotações emitidas em resposta a danos pequenos, como os causados
por choques em roçada, formando "moitas";
·
“grande
suscetibilidade à infestação por ervas-de-passarinho (Loranthaceae) (se
cultivada próxima a outras árvores de grande porte suscetíveis, pode atuar como
fonte de infestação, aumentando os riscos de acúmulo de ervas em galhos grandes
e conseqüentemente facilitando sua queda);
·
“massa
foliar reduzida, especialmente quando encontrada com epífitas;
·
“infestação
por oídio e facilidade da disseminação do patógeno devido à alta freqüência
populacional da planta hospedeira;
·
“necessidade
de sucessivas podas drásticas para manutenção do equilíbrio devido à natureza
das raízes;
·
“baixa
eficiência como equipamento urbano, pois devido à massa foliar reduzida fica
restrita à função ornamental””.
Referem também alguns desse artigos a necessidade de grandes quantidades de
água e trabalhos continuados de controle
para se obterem bons resultados, para além de atrair grandes quantidades de abelhas (o que tem vantagens para a reprodução desta espécie ameaçada, mas pode ter inconvenientes por ficar numa zona de passagem de muita gente).
Uma questão que sobre a qual desconhecemos resposta, é se, em termos de
controle da temperatura média numa avenida larga e virada à “chapa do sol”, como é o caso, não seria mais aconselhável outro tipo de árvore do que aquela árvore ornamental.
Aguardamos, com alguma expectativa e preocupação o resultado desta mudança, até porque o “histórico”
da arborização urbana neste conselho não é muito famoso, entre o puro arranque de
árvores, retirando sombras a avenidas e largos e aumentando a temperatura
ambiente destes, numa época de alterações climatéricas graves como aquelas em
que vivemos, ou opções erradas na escolha das espécies mais adequadas.
3 comentários:
Como munícipe desta cidade estou em total desacordo com esta medida. Proponho que manifestemos o nosso desagrado à CMTV de uma forma muito simples, enviando uma fotografia abraçados a uma destas árvores via email à CMTV, em forma de protesto contra a sua retirada!
Isto já podia estar tudo resolvido há muito tempo se plantassem só árvores de plástico
Esta câmara e o presidente doutorado Bernardes têm todos os maiores prémios do ambiente. Quem são vocês para questionarem quem entende mesmo do assunto? Só sabem dizer mal por causa das eleições .Invejosos
Enviar um comentário