2 - Os “Cucos” na História
Perto do sítio onde se localizam as Termas dos Cucos, junto à Quinta da Macheia, centro das propriedades que englobam aquelas termas, foram descobertos em 1959 vestígios de ocupação romana "quando se procedia à surriba de um terreno para plantação de vinha, e a uma profundidade de um metro e meio, apareceu a superfície quadrada de uma pedra, que depois de convenientemente descavada e retirada se revelou um cipo rectangular com 1, 25 m de altura, sob o qual se encontraram tejolos de fabrico romano e ossos humanos"[1], lápide funerária e ossos humanos que parecem revelar a existência no local de um cemitério romano pertencente a alguma povoação próxima.
Vasco Gil Mantas[2] , ao decifrar a leitura dessa lápide, atribui a origem desse monumento à primeira metade do século I. Aquele mesmo investigador, citado por Pedro Barbosa[3], refere que a via romana do Oeste entrava no litoral passando por Runa e Dois Portos, bem perto, se não mesmo ao lado, do local dos Cucos.
É provável, portanto, que as águas dos Cucos e as suas capacidades terapêuticas fossem conhecidas dos romanos, tanto mais que se trata de um fenómeno geológico muito anterior à existência humana e observável à superfície, como se percebe pela seguinte descrição de José António Neiva Vieira:
"Estas nascentes dos Cucos são nascentes artesianas e a sua existência deve-se aos deslocamentos da área tifónica [terreno confinado por séries de falhas e com fundo levantado através dos terrenos mais recentes] de Matacães. Água meteóricas infiltram-se através dos calcáreos do Jurássico médio [mais ou menos há 150 milhões de anos] da Serra de Montejunto (666 metros de altitude no cimo), descem com as camadas impermeáveis a grandes profundidades, onde elevam a sua temperatura, que na emergência atinge 40,1 graus para Cucos Modernos (Choffat diz descerem a cerca de 720 metros de profundidade), atravessam depósitos de salgema e outros depósitos, adquirindo assim a sua mineralização e radioactividade, e é no vale dos Cucos que encontram as falhas que lhes permitem atingir a superfície."[4]
Com as poucas provas acima referidas e sabendo-se a importância que os romanos atribuíam ao termalismo, não seria de estranhar terem sido eles os primeiros banhistas dos Cucos.
Para os períodos posteriores à ocupação romana continuam a rarear referências àquela região. Sabe-se, por um documento de 1242, da existência de um “moinho do carpinteiro”, um topónimo ligado à área envolvente dos Cucos, e que então pertencia ao património do Mosteiro de Alcobaça.[5]
Por sua vez, a existência da Macheia é referida pela primeira vez em 1309, com 2 “fogos” e no primeiro numeramento nacional de 1527, feito, para a região de Torres Vedras, em 15 de Setembro desse ano por Jorge Fernandes. Nesta data, a então “Aldêa da Macheia com casaes d´arredor” possuía 18 “vizinhos”, sendo um dos lugares mais povoados do concelho.É preciso esperar pelo século XVIII para se encontrarem as primeiras referências conhecidas às águas dos Cucos, nas respostas dadas pelos párocos das freguesias de Stª Maria, S. Miguel e S. Pedro ao inquérito paroquial, realizado a nível nacional em 1758. Escrevia o padre António Ribeiro, cura de Santa Maria, com a data de 7 de Maio de 1758: "Ha poucos anos se descobrirão huns olhos de agoa calidas, que nascem na margem do rio Sizandro e ficão em distância desta villa a parte da nascente por espaço de hum quarto de legoa, junto ao Moinho do Carpinteiro, em que se tem experimentado especial virtude para o figado" [6].
Num português peculiar, o Padre Izidoro de Abreu Machado, pároco de S. Miguel, procurava uma explicação mais científica para a utilidade dessas águas: "Tem tambem o districto desta freguezia no sítio chamada do carpinteiro distancia desta villa de hum quarto de legoa huma [907] agua termal participante de muntas partes sulfuricas, e nitrozas, dotada de muitas virtudes; Para estupores espurios, gotas artetticas, inchassois edematozas; outras muntas queixas, para as medicassois das quais concorrem pessoas de muntas partes, e legoas principalmente no veram por cauza do in commodo que esta tem para o uzo, por nascer na margem do Rio chamado Sizandro contigua a agua do mesmo Rio, e se lhe nam ter feito a diressam medicinal para o abafo, e Rigimento. E nam obstante este muntos se tem achado inteiramente saos de queixas que padessiam, nam consta sem ambargo do uzo desta ser de munto poucos annos he ao presente fosse nossiva". Mais completa foi a descrição feita no mesmo inquérito pelo prior de S. Pedro, António José de Faria, em 17 de Junho de 1758:
"Na distancia de huma milha ao nacente desta villa na margem do mesmo rio Sizandro, estao varios olhos de agoa huns contiguos, outros distantes, mas todos prodzidos de huma vea subterranea que corre transversalmente por baixo do mesmo rio, como se colhe dos vestigios nitrozos que a superficie da terra estão patentes tem esta agoa bastante calor o qual se conserva por muitas horas fora do seu nacimento. Os minaraes que nella se alcansão são muito nitro, e não pouco inxofre, e tambem se presume passara por mineraes de ferro, porem ao certo se não sabe com evidencia.
"Esteve esta agoa sempre incognita athe que hum grande cirurgião do partido da camara desta villa pella observar no ano de 1716 [ou 1746] a pos em uzo na medicina, chamado o dtº cirurgião Maximo Monis de Carvalho, e tem alcansado esta agoa notaveis efeitos, em desterrar Sarnas, Lepras, Caquechias, inchações, e de curar chagas sordidas, goats arteticas, convulcôns, Parllezias, e obestrucoens de olhos, servindo algumas vezes de remedio paleatico a chagas cancrozas, e podera servir pª remedio de outras muitas queixas se o pio zelo lhe mandase por algum reparo, para assim comodamente se uzar dos banhos como convem; pois não he menos para ademirar o grande nomero de enfermos que ali de diversas partes tem concorrido a tomar banhos nos toscos lagos que com sua industria fazem na terra, expostos ao ar, e sem reparo algum, e a maior parte sem concelho de medico, e nem regimento, ja tomandoos a toda a hora, e por dilatado tempo, sendo agoa tão activa não consta athe o prezente que rezultase de tantas dezordens e videntes perigos, mas antes tem sucedido acharem alguns enfermos alivio total nas suas queixas, tomando os ditos banhos depois de terem uzado os das Caldas da Raynha tão celabrados sem utilidade alguma. Restringeçe apena nesta breve noticia para assim de algum modo não dar sentimento aos coracons zellozes da utilidade publica os quaes se por extenço tiveçem anotº desta agoa quazi ancora sagrada que com suas vertudes maravilhozas segura a vida nas procellozas tromentas de tantos males, e não sem grande magoa se ve desprezada e abatida"[7] .
Pode-se assim afirmar que só no século XVIII surgem as primeiras referências às qualidades terapêuticas das águas dos Cucos, assinalando-se igualmente a precariedade das instalações e a necessidade de as melhorar. O século XVIII conhecia, aliás, um pouco por todo o país, a proliferação de construções balneares para a utilização de nascentes. A primeira análise científica da qualidade das nascentes dos Cucos foi feita pelo Visconde de Balsemão, numa comunicação apresentada em 1813 na Academia Real de Ciências, intitulada "Análise das Àguas Minerais dos Cucos e Descrição Física do Sítio". Madeira Torres, na parte económica da sua "Descrição Histórica e Económica da Vila e Termo de Torres Vedras", publicada em 1835 no tomo XI, parte II da 1ª série das "memórias da Academia Real das Ciências de Lisboa", mas escrita entre 1818 e 1820, é o autor de outra das mais antigas referências às águas dos Cucos:
"(...) no sítio denominado dos Cucos, sobre a margem direita do Sisandro, se acha a célebre agoa Thermal, conhecida com o nome da situação (...) ninguém que conheça esta preciosidade, deixa de lamentar, que apezar dos dispendiosos esforços do benemerito dono dos banhos, estes se acham expostos às inundações, que os entulhão, e destroem. Ninguém deixa de reconhecer, que este estabelecimento devidamente reformado, alêm de tornar-se então mais interessante à saude pública, seria capaz de conciliar vantagens económicas para a nossa villa, chamando hum concurso, que deixasse nella, e seus contornos, espalhada huma parte do numerário, cujo giro tem feito povoar, faz subsistir à Villa de caldas, e suas visinhanças”.
Ao mesmo Madeira Torres se deve a primeira referência a uma outra nascente, a "Dos Coxos": "Em meia distancia entre aquelle sitio dos Cucos e a Villa, sobre o alveo, e junto a margem esquerda do Sisandro, no sitio denominado = Dos Coxos = se acha um copioso nascente, aos lados do qual se levantão algumas barracas, onde assentão tanques, ou caixas de madeira, em que corre, e se deposita a agoa na maior pureza, e se tomão banhos, muito proveitosos para remediar as erupções da pele (...)" .
Ao longo do séc. XIX surgem vários estudos e referências a estas águas. Vivia-se um período de expansão do termalismo, revelando-se uma maior preocupação com a saúde de cada um.
Perto do sítio onde se localizam as Termas dos Cucos, junto à Quinta da Macheia, centro das propriedades que englobam aquelas termas, foram descobertos em 1959 vestígios de ocupação romana "quando se procedia à surriba de um terreno para plantação de vinha, e a uma profundidade de um metro e meio, apareceu a superfície quadrada de uma pedra, que depois de convenientemente descavada e retirada se revelou um cipo rectangular com 1, 25 m de altura, sob o qual se encontraram tejolos de fabrico romano e ossos humanos"[1], lápide funerária e ossos humanos que parecem revelar a existência no local de um cemitério romano pertencente a alguma povoação próxima.
Vasco Gil Mantas[2] , ao decifrar a leitura dessa lápide, atribui a origem desse monumento à primeira metade do século I. Aquele mesmo investigador, citado por Pedro Barbosa[3], refere que a via romana do Oeste entrava no litoral passando por Runa e Dois Portos, bem perto, se não mesmo ao lado, do local dos Cucos.
É provável, portanto, que as águas dos Cucos e as suas capacidades terapêuticas fossem conhecidas dos romanos, tanto mais que se trata de um fenómeno geológico muito anterior à existência humana e observável à superfície, como se percebe pela seguinte descrição de José António Neiva Vieira:
"Estas nascentes dos Cucos são nascentes artesianas e a sua existência deve-se aos deslocamentos da área tifónica [terreno confinado por séries de falhas e com fundo levantado através dos terrenos mais recentes] de Matacães. Água meteóricas infiltram-se através dos calcáreos do Jurássico médio [mais ou menos há 150 milhões de anos] da Serra de Montejunto (666 metros de altitude no cimo), descem com as camadas impermeáveis a grandes profundidades, onde elevam a sua temperatura, que na emergência atinge 40,1 graus para Cucos Modernos (Choffat diz descerem a cerca de 720 metros de profundidade), atravessam depósitos de salgema e outros depósitos, adquirindo assim a sua mineralização e radioactividade, e é no vale dos Cucos que encontram as falhas que lhes permitem atingir a superfície."[4]
Com as poucas provas acima referidas e sabendo-se a importância que os romanos atribuíam ao termalismo, não seria de estranhar terem sido eles os primeiros banhistas dos Cucos.
Para os períodos posteriores à ocupação romana continuam a rarear referências àquela região. Sabe-se, por um documento de 1242, da existência de um “moinho do carpinteiro”, um topónimo ligado à área envolvente dos Cucos, e que então pertencia ao património do Mosteiro de Alcobaça.[5]
Por sua vez, a existência da Macheia é referida pela primeira vez em 1309, com 2 “fogos” e no primeiro numeramento nacional de 1527, feito, para a região de Torres Vedras, em 15 de Setembro desse ano por Jorge Fernandes. Nesta data, a então “Aldêa da Macheia com casaes d´arredor” possuía 18 “vizinhos”, sendo um dos lugares mais povoados do concelho.É preciso esperar pelo século XVIII para se encontrarem as primeiras referências conhecidas às águas dos Cucos, nas respostas dadas pelos párocos das freguesias de Stª Maria, S. Miguel e S. Pedro ao inquérito paroquial, realizado a nível nacional em 1758. Escrevia o padre António Ribeiro, cura de Santa Maria, com a data de 7 de Maio de 1758: "Ha poucos anos se descobrirão huns olhos de agoa calidas, que nascem na margem do rio Sizandro e ficão em distância desta villa a parte da nascente por espaço de hum quarto de legoa, junto ao Moinho do Carpinteiro, em que se tem experimentado especial virtude para o figado" [6].
Num português peculiar, o Padre Izidoro de Abreu Machado, pároco de S. Miguel, procurava uma explicação mais científica para a utilidade dessas águas: "Tem tambem o districto desta freguezia no sítio chamada do carpinteiro distancia desta villa de hum quarto de legoa huma [907] agua termal participante de muntas partes sulfuricas, e nitrozas, dotada de muitas virtudes; Para estupores espurios, gotas artetticas, inchassois edematozas; outras muntas queixas, para as medicassois das quais concorrem pessoas de muntas partes, e legoas principalmente no veram por cauza do in commodo que esta tem para o uzo, por nascer na margem do Rio chamado Sizandro contigua a agua do mesmo Rio, e se lhe nam ter feito a diressam medicinal para o abafo, e Rigimento. E nam obstante este muntos se tem achado inteiramente saos de queixas que padessiam, nam consta sem ambargo do uzo desta ser de munto poucos annos he ao presente fosse nossiva". Mais completa foi a descrição feita no mesmo inquérito pelo prior de S. Pedro, António José de Faria, em 17 de Junho de 1758:
"Na distancia de huma milha ao nacente desta villa na margem do mesmo rio Sizandro, estao varios olhos de agoa huns contiguos, outros distantes, mas todos prodzidos de huma vea subterranea que corre transversalmente por baixo do mesmo rio, como se colhe dos vestigios nitrozos que a superficie da terra estão patentes tem esta agoa bastante calor o qual se conserva por muitas horas fora do seu nacimento. Os minaraes que nella se alcansão são muito nitro, e não pouco inxofre, e tambem se presume passara por mineraes de ferro, porem ao certo se não sabe com evidencia.
"Esteve esta agoa sempre incognita athe que hum grande cirurgião do partido da camara desta villa pella observar no ano de 1716 [ou 1746] a pos em uzo na medicina, chamado o dtº cirurgião Maximo Monis de Carvalho, e tem alcansado esta agoa notaveis efeitos, em desterrar Sarnas, Lepras, Caquechias, inchações, e de curar chagas sordidas, goats arteticas, convulcôns, Parllezias, e obestrucoens de olhos, servindo algumas vezes de remedio paleatico a chagas cancrozas, e podera servir pª remedio de outras muitas queixas se o pio zelo lhe mandase por algum reparo, para assim comodamente se uzar dos banhos como convem; pois não he menos para ademirar o grande nomero de enfermos que ali de diversas partes tem concorrido a tomar banhos nos toscos lagos que com sua industria fazem na terra, expostos ao ar, e sem reparo algum, e a maior parte sem concelho de medico, e nem regimento, ja tomandoos a toda a hora, e por dilatado tempo, sendo agoa tão activa não consta athe o prezente que rezultase de tantas dezordens e videntes perigos, mas antes tem sucedido acharem alguns enfermos alivio total nas suas queixas, tomando os ditos banhos depois de terem uzado os das Caldas da Raynha tão celabrados sem utilidade alguma. Restringeçe apena nesta breve noticia para assim de algum modo não dar sentimento aos coracons zellozes da utilidade publica os quaes se por extenço tiveçem anotº desta agoa quazi ancora sagrada que com suas vertudes maravilhozas segura a vida nas procellozas tromentas de tantos males, e não sem grande magoa se ve desprezada e abatida"[7] .
Pode-se assim afirmar que só no século XVIII surgem as primeiras referências às qualidades terapêuticas das águas dos Cucos, assinalando-se igualmente a precariedade das instalações e a necessidade de as melhorar. O século XVIII conhecia, aliás, um pouco por todo o país, a proliferação de construções balneares para a utilização de nascentes. A primeira análise científica da qualidade das nascentes dos Cucos foi feita pelo Visconde de Balsemão, numa comunicação apresentada em 1813 na Academia Real de Ciências, intitulada "Análise das Àguas Minerais dos Cucos e Descrição Física do Sítio". Madeira Torres, na parte económica da sua "Descrição Histórica e Económica da Vila e Termo de Torres Vedras", publicada em 1835 no tomo XI, parte II da 1ª série das "memórias da Academia Real das Ciências de Lisboa", mas escrita entre 1818 e 1820, é o autor de outra das mais antigas referências às águas dos Cucos:
"(...) no sítio denominado dos Cucos, sobre a margem direita do Sisandro, se acha a célebre agoa Thermal, conhecida com o nome da situação (...) ninguém que conheça esta preciosidade, deixa de lamentar, que apezar dos dispendiosos esforços do benemerito dono dos banhos, estes se acham expostos às inundações, que os entulhão, e destroem. Ninguém deixa de reconhecer, que este estabelecimento devidamente reformado, alêm de tornar-se então mais interessante à saude pública, seria capaz de conciliar vantagens económicas para a nossa villa, chamando hum concurso, que deixasse nella, e seus contornos, espalhada huma parte do numerário, cujo giro tem feito povoar, faz subsistir à Villa de caldas, e suas visinhanças”.
Ao mesmo Madeira Torres se deve a primeira referência a uma outra nascente, a "Dos Coxos": "Em meia distancia entre aquelle sitio dos Cucos e a Villa, sobre o alveo, e junto a margem esquerda do Sisandro, no sitio denominado = Dos Coxos = se acha um copioso nascente, aos lados do qual se levantão algumas barracas, onde assentão tanques, ou caixas de madeira, em que corre, e se deposita a agoa na maior pureza, e se tomão banhos, muito proveitosos para remediar as erupções da pele (...)" .
Ao longo do séc. XIX surgem vários estudos e referências a estas águas. Vivia-se um período de expansão do termalismo, revelando-se uma maior preocupação com a saúde de cada um.
[1] VIEIRA, José António Neiva, História das Termas do Vale dos Cucos, Porto 1964, pág.6.
[2] MANTAS, Vasco Gil, Inscrições Romanas no Museu Municipal de Torres Vedras, Coimbra, 1982, pp. 42 a 49.
[3] BARBOSA, Pedro Gomes, Povoamento e Estrutura Agrícola na Estremadura Central, Lisboa, 1992, pp. 254 e 292.
[4] VIEIRA, ob.cit.
[5] BARBOSA, ob. Cit. Pág. 264.
[6] Memórias Paroquiais de 1758, Paróquia de Stª Maria, A.N.T.T.
[7] Memórias Paroquiais de 1758, S.Pedro, A.N.T.T.
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