No dia 18 de Junho de 1792 iniciava-se a construção do “Hospital dos Inválidos Militares de Runa”
Deveu-se a sua construção à Iniciativa da Princesa D. Maria Francisca Benedita, para perpetuar a memória do seu falecido marido, o príncipe D. José.
Para esse efeito comprou a Quinta de Alcobaça, junto a Runa, e outras propriedades anexas, como a quinta de S. Miguel, na Enxara do Bispo, e a quinta da Amora, em 11 de Agosto de 1790.
Custou tudo mais de quarenta contos de réis, uma quantia significativa para a época.
O edifício foi projectado pelo arquitecto José da Costa e Silva (1747-1819), o nome mais importante do neo-clássico português.
Na sua construção trabalharam mais de 300 operários, recrutados na região. Estas foram interrompidas quando da fuga da família real para o Brasil em 1807, embora as obras já estivessem então bastante adiantadas.
A partir do Brasil a princesa prosseguiu os seus esforços para completar a obra, enviando avultosas quantias em dinheiro para esse fim.
Durante a Guerra peninsular o edifício inacabado chegou a ser usado com hospital de campanha
Quando a família real regressou em 1821 o edifício estava quase concluído. Porém foi necessário esperar mais 6 anos pela sua conclusão.
Finalmente, em 25 de Julho de 1827, dia do 81º aniversário da princesa, realizava-se a sua faustosa inauguração.
O programa das festas incluiu uma parte religiosa “celebrada com grande solenidade”, tendo a própria princesa servido a primeira refeição aos 16 veteranos militares que ali deram entrada nesse dia, doze cabos e soldados e os seguintes oficiais: Cristóvão Tomás, tenente de artilharia, Félix de Valois, primeiro-sargento de infantaria, e Joaquim Maria Cordeiro e Joaquim Jorge Ervilheiro, segundo-sargento.
Essea militares tinham feito as guerras do Roussilon e Peninsular .
O edifício é um quadrilátero regular, com 99 metros de frente, 61 nos alçados laterais e 13 de altura na fachada.
“Ao centro do edifício, a notável entrada para a igreja, formando peristilo, é de uma arquitectura austera e nobre. O templo tem uma curta nave ou corpo e um grande transepto em que os topos são rematados em semicírculo. O conjunto é dominado por uma cúpula. É inegável que o revestimento de mármore dá certa riqueza ao interior, mas o ambiente é frio e o altar-mor, colocado ao centro, é pesado e fúnebre. De notar, contudo, os nichos com esculturas de mármore de Carrara ao estilo neoclássico (...). Pertence também a esta igreja uma alta e valiosa custódia de prata dourada cravejada de pedras preciosas.
“Como motivo de interesse para o visitante, deve-se mencionar ainda a Tribuna Real, de cujas janelas – no primeiro andar- se tem a melhor perspectiva sobre o interior da igreja. Hoje armada em sala, guarda várias pinturas de valor – portuguesas e estrangeiras. Sobressaem as três tábuas portuguesas da primeira metade do século XVI” [escola de Gregório Lopes?]”,representando São Luís, rei de França, S. João Baptista e S. Jerónimo, S. Bento e santo Ambrósio, e uma tela representando Santo António e o Menino, assinada por Vieira Lusitano (...).(No centro tem uma capela barroca forrada com mármores extraídos de pedreiras da região e ornada com estátuas de mármore de Carrara”.[1]
Em testamento deixou a princesa todos os seus bens a esta instituição.
Actualmente esse estabelecimento designa-se por Centro Social de Runa.
Mais informações sobre esse monumento, o seu funcionamento actual e as condições para o visitar, podem se consultadas no seguinte site:
Deveu-se a sua construção à Iniciativa da Princesa D. Maria Francisca Benedita, para perpetuar a memória do seu falecido marido, o príncipe D. José.
Para esse efeito comprou a Quinta de Alcobaça, junto a Runa, e outras propriedades anexas, como a quinta de S. Miguel, na Enxara do Bispo, e a quinta da Amora, em 11 de Agosto de 1790.
Custou tudo mais de quarenta contos de réis, uma quantia significativa para a época.
O edifício foi projectado pelo arquitecto José da Costa e Silva (1747-1819), o nome mais importante do neo-clássico português.
Na sua construção trabalharam mais de 300 operários, recrutados na região. Estas foram interrompidas quando da fuga da família real para o Brasil em 1807, embora as obras já estivessem então bastante adiantadas.
A partir do Brasil a princesa prosseguiu os seus esforços para completar a obra, enviando avultosas quantias em dinheiro para esse fim.
Durante a Guerra peninsular o edifício inacabado chegou a ser usado com hospital de campanha
Quando a família real regressou em 1821 o edifício estava quase concluído. Porém foi necessário esperar mais 6 anos pela sua conclusão.
Finalmente, em 25 de Julho de 1827, dia do 81º aniversário da princesa, realizava-se a sua faustosa inauguração.
O programa das festas incluiu uma parte religiosa “celebrada com grande solenidade”, tendo a própria princesa servido a primeira refeição aos 16 veteranos militares que ali deram entrada nesse dia, doze cabos e soldados e os seguintes oficiais: Cristóvão Tomás, tenente de artilharia, Félix de Valois, primeiro-sargento de infantaria, e Joaquim Maria Cordeiro e Joaquim Jorge Ervilheiro, segundo-sargento.
Essea militares tinham feito as guerras do Roussilon e Peninsular .
O edifício é um quadrilátero regular, com 99 metros de frente, 61 nos alçados laterais e 13 de altura na fachada.
“Ao centro do edifício, a notável entrada para a igreja, formando peristilo, é de uma arquitectura austera e nobre. O templo tem uma curta nave ou corpo e um grande transepto em que os topos são rematados em semicírculo. O conjunto é dominado por uma cúpula. É inegável que o revestimento de mármore dá certa riqueza ao interior, mas o ambiente é frio e o altar-mor, colocado ao centro, é pesado e fúnebre. De notar, contudo, os nichos com esculturas de mármore de Carrara ao estilo neoclássico (...). Pertence também a esta igreja uma alta e valiosa custódia de prata dourada cravejada de pedras preciosas.
“Como motivo de interesse para o visitante, deve-se mencionar ainda a Tribuna Real, de cujas janelas – no primeiro andar- se tem a melhor perspectiva sobre o interior da igreja. Hoje armada em sala, guarda várias pinturas de valor – portuguesas e estrangeiras. Sobressaem as três tábuas portuguesas da primeira metade do século XVI” [escola de Gregório Lopes?]”,representando São Luís, rei de França, S. João Baptista e S. Jerónimo, S. Bento e santo Ambrósio, e uma tela representando Santo António e o Menino, assinada por Vieira Lusitano (...).(No centro tem uma capela barroca forrada com mármores extraídos de pedreiras da região e ornada com estátuas de mármore de Carrara”.[1]
Em testamento deixou a princesa todos os seus bens a esta instituição.
Actualmente esse estabelecimento designa-se por Centro Social de Runa.
Mais informações sobre esse monumento, o seu funcionamento actual e as condições para o visitar, podem se consultadas no seguinte site:
http://www.iasfa.pt/runa.html
[1] Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol IV, pp. 34-35 1963.
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