Durante o tempo de Trajano (98 a 117) investiu-se na construção e renovação da rede viária no actual território português, acção prosseguida no reinado de Adriano (117 a 136).
Na região de Torres Vedras, as vias romanas que a atravessaram teriam aproveitado caminhos pré-romanos, do tempo dos Túrdulos :
“A faixa atlântica ocupada pelos Túrdulos, entre o Tejo e o Douro, contava, pelos finais da Idade do Ferro, com caminhos que se estendiam ao longo do litoral, entre o mar e o Maciço Antigo, unindo as grandes povoações da região; outros caminhos, vindos de alguns pontos privilegiados de uma costa difícil seguiam, frequentemente utilizando os vales dos cursos de água que correm para o litoral, em direcção às terras do interior. As estradas romanas incorporaram nos seus traçados mais ou menos rectificados, troços importantes dos caminhos existentes anteriormente” (MANTAS, 1998, comunicação inédita gravada durante o encontro de história local de T. Vedras, com base em apontamentos pessoais).
A estrada que ligava Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga), era uma das mais importantes do país. A primeira paragem importante, dos que faziam este percurso partindo de Lisboa, tinha lugar em Ierabriga, em Paredes, perto da actual Alenquer. Daqui seguia uma via secundária em direcção à zona de Torres Vedras.
“Torres Vedras (...) estaria ligada a Ierabriga (...) por estrada de que também não há vestígios reconhecidos. A densidade de achados entre as duas áreas pressupõe, todavia, a existência de uma via. Talvez nas vizinhanças de Torres Vedras se deva supor um vicus, dele poderiam partir duas estradas: uma para sul, na direcção de Sintra; outra para norte, no sentido de Eburobrittium” (ALARCÃO, 1988, p.97).
Gil Mantas identifica ainda uma terceira via, que continuaria a ligação de Eburobrittium com Olisipo que, passando por Torres Vedras e pelo Penedo, bifurcava em Dois Portos da via para Ierabriga, seguia em direcção ao sul, pela Feliteira, Casal da Estrada, em direcção ao Milharado, seguindo o traçado da actual EN 374, para o vale de S. Gião, subindo depois, passando a poente do Cabeço de Montachique até S. Julião do Tojal, ligando-se então à via Olisipo – Scallabis.
Segundo este mesmo historiador, a via de Dois Portos para Ierabriga, correspondia, em termos gerais, ao traçado da EN 248.
Alíás, o topónimo Dois Portos parece derivar o facto de aí se dar a bifurcação dessas duas vias.
Da estrada Torres Vedras – Ierabriga “saía um deverticulum sugerido pela distribuição dos vestígios romanos e que da Carnota seguia em direcção à ribeira de Alenquer, flectindo depois para poente, por Merceana, para a Carvoeira, atingindo as proximidades de Torres Vedras junto á Quinta da Macheia, através de uma zona onde não faltam testemunhos da presença romana” (MANTAS, 1998).
Desta, junto a Matacães, seguia outra via em direcção ao Maxial, a qual se ligava por um ramal ao Ramalhal. Seguia pela margem esquerda do Alcabrichel, em direcção nordeste, paralela à vertente de Montejunto, por Aldeia Grande e Vilar, seguindo aproximadamente o actual percurso da EN 115-2.
Quanto à estrada ligando Torres Vedras a Sintra, seguia a margem direita do Sizandro, passando junto a S. Gião de Entre Vinhas, em direcção à Coutada, atravessava o rio junto a S. Pedro da Cadeira, dirigindo-se para sul, pelo Casal da Estrada, passando a poente de Mafra.
“Seriam maioritariamente estradas de terra com um ou outro revestimento de pedra em pontos críticos do percurso, hoje muito difíceis de identificar no terreno, tanto mais que a colocação de milários parece ter sido excepcional nesta região e a construção de pontes de pedra, se existiu, não deixou vestígios” (MANTAS, 1998).
Na região de Torres Vedras, as vias romanas que a atravessaram teriam aproveitado caminhos pré-romanos, do tempo dos Túrdulos :
“A faixa atlântica ocupada pelos Túrdulos, entre o Tejo e o Douro, contava, pelos finais da Idade do Ferro, com caminhos que se estendiam ao longo do litoral, entre o mar e o Maciço Antigo, unindo as grandes povoações da região; outros caminhos, vindos de alguns pontos privilegiados de uma costa difícil seguiam, frequentemente utilizando os vales dos cursos de água que correm para o litoral, em direcção às terras do interior. As estradas romanas incorporaram nos seus traçados mais ou menos rectificados, troços importantes dos caminhos existentes anteriormente” (MANTAS, 1998, comunicação inédita gravada durante o encontro de história local de T. Vedras, com base em apontamentos pessoais).
A estrada que ligava Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga), era uma das mais importantes do país. A primeira paragem importante, dos que faziam este percurso partindo de Lisboa, tinha lugar em Ierabriga, em Paredes, perto da actual Alenquer. Daqui seguia uma via secundária em direcção à zona de Torres Vedras.
“Torres Vedras (...) estaria ligada a Ierabriga (...) por estrada de que também não há vestígios reconhecidos. A densidade de achados entre as duas áreas pressupõe, todavia, a existência de uma via. Talvez nas vizinhanças de Torres Vedras se deva supor um vicus, dele poderiam partir duas estradas: uma para sul, na direcção de Sintra; outra para norte, no sentido de Eburobrittium” (ALARCÃO, 1988, p.97).
Gil Mantas identifica ainda uma terceira via, que continuaria a ligação de Eburobrittium com Olisipo que, passando por Torres Vedras e pelo Penedo, bifurcava em Dois Portos da via para Ierabriga, seguia em direcção ao sul, pela Feliteira, Casal da Estrada, em direcção ao Milharado, seguindo o traçado da actual EN 374, para o vale de S. Gião, subindo depois, passando a poente do Cabeço de Montachique até S. Julião do Tojal, ligando-se então à via Olisipo – Scallabis.
Segundo este mesmo historiador, a via de Dois Portos para Ierabriga, correspondia, em termos gerais, ao traçado da EN 248.
Alíás, o topónimo Dois Portos parece derivar o facto de aí se dar a bifurcação dessas duas vias.
Da estrada Torres Vedras – Ierabriga “saía um deverticulum sugerido pela distribuição dos vestígios romanos e que da Carnota seguia em direcção à ribeira de Alenquer, flectindo depois para poente, por Merceana, para a Carvoeira, atingindo as proximidades de Torres Vedras junto á Quinta da Macheia, através de uma zona onde não faltam testemunhos da presença romana” (MANTAS, 1998).
Desta, junto a Matacães, seguia outra via em direcção ao Maxial, a qual se ligava por um ramal ao Ramalhal. Seguia pela margem esquerda do Alcabrichel, em direcção nordeste, paralela à vertente de Montejunto, por Aldeia Grande e Vilar, seguindo aproximadamente o actual percurso da EN 115-2.
Quanto à estrada ligando Torres Vedras a Sintra, seguia a margem direita do Sizandro, passando junto a S. Gião de Entre Vinhas, em direcção à Coutada, atravessava o rio junto a S. Pedro da Cadeira, dirigindo-se para sul, pelo Casal da Estrada, passando a poente de Mafra.
“Seriam maioritariamente estradas de terra com um ou outro revestimento de pedra em pontos críticos do percurso, hoje muito difíceis de identificar no terreno, tanto mais que a colocação de milários parece ter sido excepcional nesta região e a construção de pontes de pedra, se existiu, não deixou vestígios” (MANTAS, 1998).
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