O semanário “Voz de Torres Vedras” (VTV), na sua edição de 11 de Maio, anunciava várias “obras municipais”, empreendidas pela Câmara, consideradas de “bastante utilidade”. Para além “da arborisação nos terrenos adjacentes ao largo da Graça e Avenida, e de ter augmentado a já existente nas praças e alamedas, mandou calçar a viella mais immunda que havia na Porta da Várzea, e igualmente as ruas próximas, que no inverno eram verdadeiros lamaçaes”. Considerando estes melhoramentos “já muito, em relação ao costume”, achava, contudo, que não era ainda o suficiente, pois “a hygiene da villa está reclamando outras medidas.
Nessa mesma edição, onde se anunciava a edição em Portugal da obra de “Frederico Engelo” (sic), “o Socialismo utópico e o socialismo scientifico”, dava-se conta dos graves efeitos sociais da crise vinícola que então se vivia na região, informando-se que na Freguesia da Carvoeira e na vizinha Merceana, se estavam a retirar “para os arrabaldes de Lisboa muitos indivíduos em procura de trabalho, que n’aquelles logares escasseia”, sendo o pouco existente “mal retribuído (…), pois que é de 240 réis o salário que os proprietários estão pagando”.
Já na sua edição de 9 de Maio, o semanário “A Semana” dava conta do mesmo problemas, referindo que os “trabalhadores de enchada, que no anno passado venciam 400 réis, o mínimo, por dia, no presente pagam-se a 200 réis, e não há em que os empregue”.
Nesta mesma edição, referia-se como uma das principais causas da crise na região a falta de trabalho na viticultura, porque “os poucos vinhos que se recolhem nas adegas, não teem sahida, e quando a encontram é por preço tão baixo, que ficam os proprietários da mesma sorte desaremediados”, lamentando-se o articulista com a “crise medonha”, a vida caríssima e a paralisação do comércio.
Na sua edição de 25 de Maio, o mesmo semanário dava conta das queixas que lhe tinham chegado da “classe trabalhadora” do concelho que, recorrendo “ao seu importante jornal para a advogar na terrível crise de trabalho que estamos a atravessar”, e que a obrigaria a emigrar, “caso as obras públicas não abram trabalhos”. E exemplificava com as obras necessárias da estrada de S. Pedro da Cadeira, “que parece que mais uma vez ficou no esquecimento, e que podia na presente crise mitigar a fome a muitas famílias, se os influentes eleitoraes se lembrassem d’este triste povo, como se lembram quando precisam do seu voto para os arranjos”. Ontem, como Hoje…
S.Pedro da Cadeira era igualmente motivo de notícia noutra parte dessa edição, pelo facto de, por iniciativa dos taberneiros daquela aldeia, ter sido apresentado um abaixo assinado requerendo ao Cardeal Patriarca para ordenar “a transferência da missa conventual, para as 11 horas da manhã, isto é, pouco depois do almoço, visto que, como agora succede, sendo a missa pouco depois do sol nado, os devotos em jejum não fazem gasto” nas ditas tabernas, prejudicando o negócio.
Um anúncio publicado na edição de “A Semana” de 9 de Maio indicava a abertura, no Colégio de Nª Srª da Conceição, na Travessa da Olaria, nº 22, de uma classe infantil onde se leccionavam as primeiras letras pelo “methodo Simões Raposo”, ao preço de 500 réis.
Ainda na mesma edição, informava-se que constava que se ía estabelecer “uma escola municipal de instrucção secundária em Torres Vedras, onde se leccionará portuguez, francez, arithmetica, desenho e escripturação commercial”, a funcionar “na camerata do edifício da Graça”.
No mesmo edifício do antigo Convento da Graça foi deliberado, em reunião camarária desse mês que “se desse incremento aos trabalhos de adaptação da parte” desse edifício “destinado à cadeia civil, afim de serem para ali transferidos os presos, o mais depressa possível” (A Semana, 9 de Maio).
26 de Maio era dia de festa no Turcifal, dedicada a S. Sebastião, com arraial, “tocando a phylarmonica da Ermejeira, e subindo no ar innumeros foguetes de óptimo effeito” (VTV, de 25 de Maio).
Nessa mesma edição, onde se anunciava a edição em Portugal da obra de “Frederico Engelo” (sic), “o Socialismo utópico e o socialismo scientifico”, dava-se conta dos graves efeitos sociais da crise vinícola que então se vivia na região, informando-se que na Freguesia da Carvoeira e na vizinha Merceana, se estavam a retirar “para os arrabaldes de Lisboa muitos indivíduos em procura de trabalho, que n’aquelles logares escasseia”, sendo o pouco existente “mal retribuído (…), pois que é de 240 réis o salário que os proprietários estão pagando”.
Já na sua edição de 9 de Maio, o semanário “A Semana” dava conta do mesmo problemas, referindo que os “trabalhadores de enchada, que no anno passado venciam 400 réis, o mínimo, por dia, no presente pagam-se a 200 réis, e não há em que os empregue”.
Nesta mesma edição, referia-se como uma das principais causas da crise na região a falta de trabalho na viticultura, porque “os poucos vinhos que se recolhem nas adegas, não teem sahida, e quando a encontram é por preço tão baixo, que ficam os proprietários da mesma sorte desaremediados”, lamentando-se o articulista com a “crise medonha”, a vida caríssima e a paralisação do comércio.
Na sua edição de 25 de Maio, o mesmo semanário dava conta das queixas que lhe tinham chegado da “classe trabalhadora” do concelho que, recorrendo “ao seu importante jornal para a advogar na terrível crise de trabalho que estamos a atravessar”, e que a obrigaria a emigrar, “caso as obras públicas não abram trabalhos”. E exemplificava com as obras necessárias da estrada de S. Pedro da Cadeira, “que parece que mais uma vez ficou no esquecimento, e que podia na presente crise mitigar a fome a muitas famílias, se os influentes eleitoraes se lembrassem d’este triste povo, como se lembram quando precisam do seu voto para os arranjos”. Ontem, como Hoje…
S.Pedro da Cadeira era igualmente motivo de notícia noutra parte dessa edição, pelo facto de, por iniciativa dos taberneiros daquela aldeia, ter sido apresentado um abaixo assinado requerendo ao Cardeal Patriarca para ordenar “a transferência da missa conventual, para as 11 horas da manhã, isto é, pouco depois do almoço, visto que, como agora succede, sendo a missa pouco depois do sol nado, os devotos em jejum não fazem gasto” nas ditas tabernas, prejudicando o negócio.
Um anúncio publicado na edição de “A Semana” de 9 de Maio indicava a abertura, no Colégio de Nª Srª da Conceição, na Travessa da Olaria, nº 22, de uma classe infantil onde se leccionavam as primeiras letras pelo “methodo Simões Raposo”, ao preço de 500 réis.
Ainda na mesma edição, informava-se que constava que se ía estabelecer “uma escola municipal de instrucção secundária em Torres Vedras, onde se leccionará portuguez, francez, arithmetica, desenho e escripturação commercial”, a funcionar “na camerata do edifício da Graça”.
No mesmo edifício do antigo Convento da Graça foi deliberado, em reunião camarária desse mês que “se desse incremento aos trabalhos de adaptação da parte” desse edifício “destinado à cadeia civil, afim de serem para ali transferidos os presos, o mais depressa possível” (A Semana, 9 de Maio).
26 de Maio era dia de festa no Turcifal, dedicada a S. Sebastião, com arraial, “tocando a phylarmonica da Ermejeira, e subindo no ar innumeros foguetes de óptimo effeito” (VTV, de 25 de Maio).
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