Este Largo era chamado, já em 1818, de Largo de Santana, por causa da ermida que aí existiu, situada no prédio onde actualmente funciona a casa “Napoleão”, junto a uma das portas medievais da vila, com o mesmo nome.
Essa ermida ficou arruinada pelas invasões francesas, nunca mais sendo recuperada.
Por deliberação de 1 de Abril de 1857, decidiu a Câmara expropriar a área da antiga cerca do Convento da Graça, encerrado em1834, com a finalidade de alargar o espaço do mercado mensal, decidindo que esse lugar servisse também de passeio público, plantando para isso algumas árvores nesse local.
Em 1885 foi aí instalado um coreto para a primeira actuação pública da “Fanfarra 24 de Julho” que ocorreu em 24 de Junho de 1885[1].
Esse coreto nada teve a haver com aquele que é mais conhecido, inaugurado em 1892 e que existiu até meados da década de 40 do século passado
Em 1892, um particular, D. Diogo de Nápoles, tomou a iniciativa de tornar aquele espaço, então praticamente abandonado, num ”Passeio Público”, com um corêto, encabeçando uma comissão para adquirir esse espaço por subscrição pública, apoiada pelo jornal “A Semana”.
A primeira pedra para a construção do jardim e do coreto teve lugar a 11 de Julho de 1892, sendo inaugurado a 21 de Agosto, com festa e Kermesse
Transformado em jardim público com coreto no final do século XIX, ocupando o antigo espaço murado do jardim do Convento da Graça, adoptou o nome do monarca que então reinava, D. Carlos .
A 12 de Maio de 1902 este lugar foi visitado pela rainha D. Amélia, que se fez deslocar de automóvel, talvez o primeiro a rodar em Torres Vedras.
Com a República o largo foi rebaptizado com o nome de Largo da República, tendo-se proposto alterar o seu nome para Largo Sidónio Pais em 1919, proposta nunca concretizada.
Em 10 de Outubro de 1954, no lugar do velho coreto, foi inaugurado o obelisco comemorativo das Guerras Peninsulares, sendo na mesma ocasião aquele largo rebaptizado com o nome de Praça do Império, mantendo o espaço a norte a designação de Praça da República.
“A construção deste monumento teve a comparticipação dos ministérios das Obras Públicas e do Exército e a sua concepção foi do arquitecto Miguel Jacobety, e nele trabalharam o tenente coronel de Engenheiros Manuel Braz Martins, Engenheiro Altino Aldo Gromicho, o construtor civil José Pedro Lopes e os operários, Sebastião Pedro Henriques, Jaime Simões, Joaquim Miranda, José da Silva, José Correia, João Alves Carregueiro e António Chá. As cantarias foram fornecidas pela Firma Pardal Monteiro, Limitada, de Pero Pinheiro”.[2]
Com o 25 de Abril foi novamente rebaptizada como Praça 25 de Abril.
Contudo, popularmente continua a ser conhecida por Largo da Graça.
[1] Jornal de Torres Vedras, 30 de Julho de 1885
[2] Segundo Augusto M. Lopes da Cunha em Memória das Festas da inauguração do obelisco comemorativo da guerra penissular e Catálogo da exposição hiistórico-biblio-iconográfica, ed. Biblioteca Municipal de Torres Vedras, 10 de Outubro de 1954.
Essa ermida ficou arruinada pelas invasões francesas, nunca mais sendo recuperada.
Por deliberação de 1 de Abril de 1857, decidiu a Câmara expropriar a área da antiga cerca do Convento da Graça, encerrado em1834, com a finalidade de alargar o espaço do mercado mensal, decidindo que esse lugar servisse também de passeio público, plantando para isso algumas árvores nesse local.
Em 1885 foi aí instalado um coreto para a primeira actuação pública da “Fanfarra 24 de Julho” que ocorreu em 24 de Junho de 1885[1].
Esse coreto nada teve a haver com aquele que é mais conhecido, inaugurado em 1892 e que existiu até meados da década de 40 do século passado
Em 1892, um particular, D. Diogo de Nápoles, tomou a iniciativa de tornar aquele espaço, então praticamente abandonado, num ”Passeio Público”, com um corêto, encabeçando uma comissão para adquirir esse espaço por subscrição pública, apoiada pelo jornal “A Semana”.
A primeira pedra para a construção do jardim e do coreto teve lugar a 11 de Julho de 1892, sendo inaugurado a 21 de Agosto, com festa e Kermesse
Transformado em jardim público com coreto no final do século XIX, ocupando o antigo espaço murado do jardim do Convento da Graça, adoptou o nome do monarca que então reinava, D. Carlos .
A 12 de Maio de 1902 este lugar foi visitado pela rainha D. Amélia, que se fez deslocar de automóvel, talvez o primeiro a rodar em Torres Vedras.
Com a República o largo foi rebaptizado com o nome de Largo da República, tendo-se proposto alterar o seu nome para Largo Sidónio Pais em 1919, proposta nunca concretizada.
Em 10 de Outubro de 1954, no lugar do velho coreto, foi inaugurado o obelisco comemorativo das Guerras Peninsulares, sendo na mesma ocasião aquele largo rebaptizado com o nome de Praça do Império, mantendo o espaço a norte a designação de Praça da República.
“A construção deste monumento teve a comparticipação dos ministérios das Obras Públicas e do Exército e a sua concepção foi do arquitecto Miguel Jacobety, e nele trabalharam o tenente coronel de Engenheiros Manuel Braz Martins, Engenheiro Altino Aldo Gromicho, o construtor civil José Pedro Lopes e os operários, Sebastião Pedro Henriques, Jaime Simões, Joaquim Miranda, José da Silva, José Correia, João Alves Carregueiro e António Chá. As cantarias foram fornecidas pela Firma Pardal Monteiro, Limitada, de Pero Pinheiro”.[2]
Com o 25 de Abril foi novamente rebaptizada como Praça 25 de Abril.
Contudo, popularmente continua a ser conhecida por Largo da Graça.
[1] Jornal de Torres Vedras, 30 de Julho de 1885
[2] Segundo Augusto M. Lopes da Cunha em Memória das Festas da inauguração do obelisco comemorativo da guerra penissular e Catálogo da exposição hiistórico-biblio-iconográfica, ed. Biblioteca Municipal de Torres Vedras, 10 de Outubro de 1954.
1 comentário:
Obrigada, Venerando!!!!!
Mais uma vez o teu contributo é imprescindível para a MEMÒRIA colectiva torriense...
e não apenas por este "Largo" aqui restituído a todos os seus actuais passeantes...
MC.
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